Os dois registros de ataques de abelhas que constam no boletim do Corpo de Bombeiros de Guarapuava no final de semana, 12 e 13, em Guarapuava e em Pinhão, alertam para os perigos em casos de picadas desses insetos.
“Uma picada numa pessoa que é alérgica, dependendo do grau de alergia, pode até levar à morte”, alerta o médico Fernando Pedrotti, chefe do Setor de Vigilância Epidemeológica de Guarapuava, órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde. Quem é alérgico apresentará falta de ar e nos casos mais graves choque anafilático, destruindo as vias aéreas dessa pessoa.
Em casos de ataques de abelhas, a orientação dada pelo médico é que a pessoa não procure retirar o ferrão do inseto com pinças. “Na dúvida, o mais correto é a pessoa procurar um médico”, orienta Pedrotti. A orientação dada por Pedrotti é ratificada pelo Corpo de Bombeiro. De acordo com o setor de Relações Públicas do 5° Subagrupamento de Bombeiros Independente de Guarapuava, uma pessoa pode ser alérgica e não saber disso.
O melhor remédio para evitar esse problema continua sendo a prevenção.”O essencial é que uma pessoa que ouve o barulho de um enxame se deite no chão, permanece quieta e espere as abelhas passarem,” orienta o médico. De acordo com Pedrotti, com base em informações do setor de biologia, da Vigilância Epidemeológica, a abelha não possui uma audição sensível, mas em contrapartida o seu olfato é muito aguçado. Por isso, o cheiro de um perfume forte pode provocar um ataque.
"As pessoas que costumar fazer caminhada por trilhas devem estar atentas a possíveis enxames em árvores", alerta o médico.
De acordo com o Corpo de Bombeiro, a temporada de verão, seguida pela primavera, é a época em que se registra maior número de ocorrências de ataques de abelhas. De acordo com Fernando Pedrotti, com as mudanças bruscas de temperaturas, esses insetos se tornam mais agressivos.