Os ataques de vândalos aos prédios-sede dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) em Brasília, completa um mês nesta quarta (8). Os desdobramentos do quebra-quebra, contudo, parecem longe do fim. Nessa terça (7), a Polícia Federal (PF) executou a quinta fase da chamada Operação Lesa Pátria. A operação busca identificar pessoas que participaram de alguma forma da invasão e da depredação.
Até agora, pelo menos 20 pessoas acabaram detidas, suspeitas de participar ou financiar os crimes. Conforme as informações, só a Câmara dos Deputados estima que o prejuízo na Casa Legislativa, sem considerar o Senado, chega a R$ 3,3 milhões.
PRESOS
Mais de 920 pessoas que participaram dos atos golpistas continuam custodiadas em duas unidades prisionais do Distrito Federal. De acordo com a Secretaria Distrital de Administração Penitenciária (Seape), 614 homens estão detidos no Centro de Detenção Provisória da Penitenciária da Papuda. Já 306 mulheres estão na Penitenciária Feminina, a Colmeia.
Mais 459 suspeitos acabaram liberados, mas devem utilizar tornozeleiras eletrônicas e cumprir uma série de restrições judiciais. Todos eles dividem a rotina com os demais presos: 4 refeições diárias, duas horas de banho de sol e visitas limitadas. As 1.379 detenções ocorreram durante o desmonte dos acampamentos em Brasília, e em várias outras cidades.
REPARAÇÃO
Para garantir o ressarcimento dos prejuízos, a 8ª Vara da Justiça Federal em Brasília determinou o bloqueio de R$ 18,5 milhões. O montante corresponde a bens patrimoniais de pessoas e empresas investigadas por supostamente terem ajudado a financiar os ataques.
Nessa terça (7), a AGU pediu à Justiça Federal que eleve o valor para R$ 20,7 milhões, porque a Câmara dos Deputados refez as contas e os danos totalizaram R$ 3,3 milhões. E não mais os R$ 1,1 milhão, calculado inicialmente. Por fim, no total, a AGU está processando 176 pessoas e ao menos sete empresas que teriam fretado parte dos ônibus que chegaram a Brasília antes do ataque.
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