22/08/2023
Cotidiano

Atirador matou 3 e se suicidou em base no Texas, informa Exército

O ataque que aconteceu nesta quarta (2) na base militar de Fort Hood, no Texas deixou 4 mortos, incluindo o atirador, informou um general em entrevista coletiva. Um soldado matou três pessoas e deixou outras 16 feridas, e depois se suicidou com um tiro na cabeça, quando foi confrontado por uma mulher, também militar. O general Mark Milley disse que a soldado interveio de forma "heróica".

O atirador é identificado pela imprensa como o Ivan Lopez, mas os militares não confirmaram seu nome porque sua família ainda não foi contatada. Uma testemunha ouvida pelo canal local KCEN descreveu o suspeito como um homem de cor branca que dirigia um veículo Toyota cinza e levava uma pistola calibre 45.

Milley informou que o homem tomava medicamentos para tratar ansiedade e depressão. Estava em análise se ele sofria de estresse pós-traumático. O soldado serviu no Iraque em 2011.

Um forte efetivo de polícia isolou a base quando o incidente começou. O Twitter oficial da instalação militar publicou uma mensagem por volta das 19h (hora de Brasília) pedindo que todo o seu pessoal se protegesse. O soldado entrou em dois edifícios, um de serviços médicos e outro de uma brigada de transportes.

"Estamos com os corações partidos que algo assim possa ter acontecido de novo", disse o presidente Barack Obama, em Chicago, ao comentar o caso com jornalistas.

 

Incidente anterior
Fort Hood é uma das maiores bases militares dos EUA. Em 5 de novembro de 2009, 12 soldados e um civil foram mortos no mesmo local pelo ex-psiquiatra do Exército americano Nidal Hassan, que também feriu 32 pessoas, 30 delas militares, durante o ataque.

Em seu julgamento, em agosto de 2013, ele assumiu a própria defesa e alegou que o objetivo era impedir que soldados participassem das guerras do Afeganistão e do Iraque, as quais o médico, de origem muçulmana, considerava ilegais. Ele não convocou testemunhas e assumiu inteiramente a culpa pelas 45 acusações que recebeu, chegando a admitir que gostaria de ser condenado à morte, embora antes tenha pedido um recurso para evitar a pena.

Considerado culpado de todas as acusações, Nidal Hassan foi sentenciado à morte por injeção letal e aguarda a execução de sua sentença. Caso ela realmente seja cumprida, ele será o primeiro militar condenado à morte desde 2005, quando o ex-sargento Hasan Akbar foi sentenciado por ter matado dois soldados durante um ataque com granadas e disparos no Kuwait, em 2003.

 

Fonte: G1

 

Cristina Esteche

Jornalista

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