O guarapuavano Alex Tietre, ativista que desfraldou a bandeira contra a homofobia durante a abertura da Copa das Confederaçãos no Maracanã, continua a sua caminhada e continua ganhando destaque na imprensa.
Na edição desta sexta-feira (09) da Gazeta do Povo, o guarapuavano diz que, embora seja gay assumido, nunca tida militado no movimento. O que procovou a sua luta como ativista fou uma declaração da cantora Mara Maravilha quando numa entrevista a uma rede de tevê disse que o comportamento homossexual é uma “aberração”. Outro ponto decisivo foi o projeto conhecido como “cura gay”, que tramitava na Câmara Federal. “É a minha causa. Sou gay e não posso esquecer disso”, justifica Alex Tietre à GP.
Para driblar a segurança da Copa das Confederações, o ativista que participou da abertura, contou que escondeu uma bandeira arco-íris no elástico da cueca, dobrando-a até que ficasse com apenas uma cor à mostra. Ele sabia que vestiria um macacão e uma meia-bola gigante sobre a cabeça – na frente de todos, de acordo com o figurino da apresentação. Guardou os objetos pessoais, passou por um detector de metais e ficou esperando a hora de entrar.
A intenção do ativista era desfraldar a bandeira no final da coreografia para não interferir no espetáculo. Porém, duas pessoas “furaram” o roteiro ao saírem da formação e mostrarem uma fixa contra a privatização do Maracanã. Alex não pensou duas vezes. Avançou, andou de um lado a outro do gramado, deu uma volta pelo campo com a bandeira sobre o rosto, deixou-a no chão e voltou para o grupo, sem ser identificado pelos seguranças.
Se ele queria dar visibilidade à sua luta, conseguiu. À noite, foi destaque no Fantástico e em sites de notícias, incluindo a RSN. A partir de então vem sendo assediado para eventos, entrevistas e criou um blog. “Precisamos lutar pelo que achamos certo. Eu levantei essa bandeira. Agora não posso baixá-la”, disse à GP.
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