22/08/2023
Paraná Política Saúde

Audiência que tratou da saúde de Guarapuava chama o ‘povo pra rua’

Audiência liderada pelo deputado estadual Requião Filho reuniu parlamentares e vereadores de Guarapuava, além de de lideranças regionais

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Audiência liderada pelo deputado estadual Requião Filho reuniu parlamentares e vereadores de Guarapuava, além de lideranças regionais (Foto: Assessoria Câmara de Guarapuava)

Mobilizar a população e colocar o povo na rua pelo funcionamento pleno do Hospital Regional de Guarapuava. Esta é a conclusão da audiência pública que tratou do tema na manhã desta terça (18), em Curitiba. Conforme o deputado Requião Filho (PT), que chamou a audiência, “se uma coisa que político tem medo é do povo nas ruas”.

Para que isso seja possível, uma reunião regional deve ocorrer em Pitanga mobilizando prefeitos, vereadores e outras autoridades. Também serão encaminhados ofícios ao Ministério Público. Outro pedido será feito à Fundação Estatal de Atenção em Saúde do Estado do Paraná  (Funeas) e à Secretaria de Estado da Saúde. O texto vai pedir que seja desfeito o contrato com a empresa que executa a obra. E que seja aberta licitação de emergência.

Responsável por um universo superior a 500 mil habitantes, o município sedia há mais de três anos, a construção do HR. Entretanto, a obra embora já tenha sido inaugurada, ainda não encontra-se em pleno funcionamento. De acordo com a deputada Cristina Silvestri (PSDB), em pronunciamento que abriu a audiência pública, o objetivo inicial era suprir a demanda na área de traumas.

Para isso, contaria com 40 leitos de UTI, mais 80 de enfermaria. “Hoje, sem traumatologia, apenas 10 leitos de UTI estão ativos e outros 20 de enfermaria para atender 21 municípios e 600 mil pessoas”. Conforme a deputada, existe um litígio entre o Estado e a empreiteira licitada para a execução da obra. Mesmo antes de ser entregue, a estrutura já apresenta infiltrações e outras irregularidades.

O Centro Cirúrgico está sendo finalizado. O Portal RSN tentou contato com o presidente da Funeas, Marcello Augusto Machado, sem êxito. A Funeas hoje é a responsável pela administração do Hospital. Conforme a parlamentar, o funcionamento do HR vai impactar no curso de Medicina da Unicentro. “Daqui há três meses, eles precisam estagiar no hospital e a obra não vai ficar pronta”. Ela disse também que não existem leitos nos hospitais do Paraná. “Os hospitais estão fechando. As pessoas estão sofrendo”.

A DOR É DE TODOS

Liderada pelo deputado Requião Filho (PT), a audiência reproduziu nos vários pronunciamentos, uma situação de caos. Os mesmo problemas se repetem em hospitais da Região, que conta com 21 municípios. Tanto nas ‘falas’ das vereadoras Cris Wainer (PT), Professora Terezinha (PT) e Professora Bia (MDB), assim como dos deputados Dr. Antenor, Arilson Chiorato e outras autoridades, as cobranças se voltam ao governador Ratinho Junior.

Conforme o presidente da Câmara de Guarapuava, Pedro Moraes, o governador desrespeita a Assembleia e a 5ª Regional de Saúde. “Vemos a ausência do governo nos últimos cinco anos na Região”. Endurecendo o discurso, ele disse que “não tem medo de falar a verdade e de estar ao lado do povo”.Segundo ele, a ausência da Sesa na audiência mostra que o governo não se importa com a saúde de Guarapuava e região.

Outros pronunciamentos se seguiram, incluindo denúncias de que muitas lideranças se sentiram intimidadas em participar da audiência pública, conforme o vereador Rodrigo Cordeiro Teixeira, de Pitanga. Ele promete uma mobilização regional com vereadores, prefeitos e deputados em Pitanga. Já o ex-provedor da Santa Casa de Irati, Germano Strasman também deu voz aos gargalos da saúde no município.

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Cristina Esteche

Jornalista

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