A empresa Pérola do Oeste ainda está com um processo tramitando no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em Guarapuava. A ação judicial envolve a empresa, o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários (Sintrar) e a Poder Público. Nessa quarta (22), houve mais uma audiência de negociação entre as partes. No entanto, não houve acordo.
Conforme uma nota divulgada pela empresa, o município, diferente do que havia se comprometido na última audiência, não apresentou na segunda (20) qualquer resposta ou proposição. De acordo com o que foi estabelecido no primeiro encontro, a Prefeitura de Guarapuava havia se comprometido com o Tribunal em apresentar um subsídio ao sistema.
Entretanto, ontem (22) , de acordo com a empresa, o município afirmou que, apesar de saber que há uma diferença grande entre a tarifa técnica e a tarifa praticada, não apresentaria alternativa para corrigir essa distorção. Sendo assim, a ação seguirá o curso para instrução e posterior julgamento. Ainda nessa quarta, os trabalhadores se reuniram em assembleia com o sindicato.
RESPOSTA
Para o Portal RSN, o prefeito Celso Góes explicou que a audiência ocorre por uma reivindicação dos trabalhadores da Pérola do Oeste. E que o município é responsável pela mobilidade urbana, mas há muitos anos a Pérola tem um processo correndo contra a Prefeitura de Guarapuava.
Por enquanto, estamos preocupados e atentos ao que podemos fazer, estamos estudando as opções do que cabe ao município.
Já de acordo com o representante do Sindicato, Jair Korobinski, os trabalhadores decidiram suspender a greve por enquanto. Isso porque a categoria decidiu acatar a sugestão do TRT e aguardar o repasse de 7% acordado com a empresa Pérola do Oeste. Sendo assim, em vez de 11,08%, os colaboradores vão receber 7% e o restante passará para o dissídio coletivo.
Apesar disso, o Sindicato continua trabalhando em estado de greve, já que se não houver o cumprimento do acordo, pode haver uma paralisação novamente. Em contrapartida, o advogado da empresa, Diego Munhoz ressaltou na audiência que a empresa vai cumprir o combinado, mas não tem condições de melhorar a proposta.
“É lamentável a posição do município dizer que iria dar um posicionamento na segunda e não dar. Apesar da posição tripartite feita na última da audiência, que os trabalhadores voltariam a trabalhar, a empresa pagaria os 7% e o município daria uma resposta na segunda e não foi respeitado, a empresa chegou no seu máximo, mas vai manter o compromisso de pagar os salários com os 7% em julho, mas não temos condições financeiras de melhorar essa proposta”.
GUARAPUAVA SEM TRANSPORTE PÚBLICO
No último dia 14, os trabalhadores cruzaram os braços e decidiram não sair da garagem para trabalhar. Guarapuava ficou quatro dias sem transporte coletivo, até que na sexta (17), houve uma audiência de conciliação para que houvesse o retorno das linhas. No sábado (18), a população pôde utilizar o serviço normalmente.
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