A campanha desenvolvida pelo Serviço de Atendimento Especializado (SAE) chama a atenção para a necessidade da prevenção. Embora esse trabalho de alerta acabe nesta sexta (17), uma vez que encontra-se focado no Carnaval, o trabalho é contínuo durante o ano. Mesmo porque as infecções sexualmente transmissíveis (IST) ‘fervilham’ em pessoas vulneráveis.
E estamos tratando aqui da sífilis, gonorreia, do HPV, HIV e das hepatites virais (B e C). E atenção: algumas IST’s podem não apresentar sintomas, tanto no homem quanto na mulher, conforme a enfermeira e coordenadora do SAE em Guarapuava, Angela Maria de Camargo. De acordo com ela, uma das maiores preocupações se volta ao crescente número de contaminações com HIV.
Outro destaque é a faixa etária cada vez mais jovem. Para se ter um parâmetro, em janeiro deste ano, houve 13 novos casos confirmados em Guarapuava. “A maioria são jovens entre 18 e 22 anos. Também temos casos de pessoas sexagenárias”. Nesse mesmo período em 2021, teve apenas um, contra 10 em 2022 e os 13 neste ano.
Causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos, as transmissões ocorrem, principalmente, por meio do contato sexual. Seja oral, vaginal e anal sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada. A transmissão de uma IST pode ocorrer, ainda, da mãe para a criança durante a gestação, parto ou a amamentação. Conforme Angela, a campanha chama atenção para o alto número de pessoas que têm HIV, mas ainda não sabem.
GUARAPUAVA TEM 100% DE COBERTURA
Para isso, Guarapuava oferece atendimento habilitado para diagnóstico e tratamento. “O tratamento das pessoas com IST’s melhora a qualidade de vida e interrompe a cadeia de transmissão dessas infecções. O atendimento e o tratamento são gratuitos no SAE, nas unidades básicas de saúde e urgências municipais”. Hoje, segundo o SAE, toda pessoa diagnosticada que entra em tratamento, já inibe a manifestação do vírus. Por isso a importância da testagem.
O exame é oferecido no período noturno, fins de semana e feriados, no SAE e nas três Urgências Trianon, Batel e Primavera. Já a retirada de medicamentos e ‘camisinhas’, pode ser também SAE, no horário comercial e na Farmácia Central. Também é prescrita a medicação que é fornecida na Upa Batel. De acordo com a enfermeira, existem ainda, dois tipos de tratamentos preventivos por meio de comprimidos. E podem ser acessados de graça.
A profilaxia pré-Exposição (PrEP), é um novo método de prevenção à infecção pelo HIV. Consiste na tomada diária de um comprimido que permite ao organismo estar preparado para enfrentar um possível contato com o HIV. Ou seja, o indivíduo se prepara antes de ter uma relação sexual, independente com quem seja. Já a Profilaxia pós-Exposição (PEP) deve ser feita até 72 horas após o contato sexual sem o uso de preservativo.
PARANÁ E BRASIL
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 38 milhões de pessoas no mundo convivem com o HIV. No Brasil, estimativas apontam que sejam aproximadamente 936 mil pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHIVA).
No Paraná, de 2015 a 2022 foram notificados 9.641 casos de Aids em adultos e 19.040 de HIV. A maior concentração de casos está na faixa etária de 20 a 39 anos (65,7% do total de casos). Em 2022 o número de adultos diagnosticados com sífilis no Paraná foi de 10.738.
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