O aumento da taxa de juros americanos irá prejudicar sensivelmente a maior parte dos países emergentes, principalmente o Brasil. Isso porque a situação econômica está sensivelmente prejudicada por uma política conturbada e que está elevando a desconfiança dos investidores em potencial. A redução da nota pela agência de risco Fitch, de grau de investimento para grau especulativo, foi mais um prejuízo à imagem do País, que de bom pagador acabou se transformando em um País de risco e que oferece a possibilidade de calote. Com a posição americana de estimular os investimentos, grande parte dos recursos devem ser retirados pelos investidores dos países emergentes. Eles vão buscar uma economia com menor risco e com uma vantagem maior na remuneração do capital. Por isso, um dos maiores prejudicados é o Brasil. Um dos maiores problemas que as empresas brasileiras irão sofrer é o aumento do custo dos recursos externos, já que o real será desvalorizado pela possibilidade da saída de recursos, assim como os juros, pelo aumento do Risco Brasil. Com o aumento dos custos financeiros e a economia enfraquecida pelo engessamento provocado pela crise política, o encarecimento dos produtos no mercado doméstico, principalmente dos importados, deverá ser sentido em breve. Esta situação difícil, provocada por uma mudança na posição americana, aliada à crise política brasileira, veio como uma cortina de fumaça, deixando o futuro da economia ainda mais prejudicado e com riscos de atingir também 2017. É possível, portanto, que tenhamos mais dois anos de queda no PIB e, infelizmente, de queda no emprego. Reginaldo Gonçalves é coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina – (FASM) |
Brasil
Aumento dos juros norte-americanos põe cortina de fumaça na economia brasileira
- Por Cristina Esteche
- 17/12/2015