O aumento registrado durante todo o ano de 2018 no valor da cesta básica de alimentos, em Guarapuava, vem sendo motivado pelo leite e pela farinha. A informação é do departamento de economia da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) que, mensalmente, analisa o cenário econômico do município.
Segundo a professora Luci Nychai, o leite apresentou, desde janeiro deste ano, um aumento acumulado de 61,47%. Já a farinha tem aumento acumulado, no mesmo período, na ordem de 44,82%.
“Fatores como a grave do transporte rodoviário de carga, a entressafra, o aumento do dólar e dos insumos impactaram sobre alguns itens da Cesta Básica”, explica.
De acordo com Pedro de Ferst Ré, do curso de economia da Unicentro, o aumento do valor da cesta em julho – na ordem de 1,64% – foi menor se comparada a alta ocorrida em junho, que foi de 4,35%. Essa variação menor foi influenciada, principalmente, pela queda no preço do tomate (-19,35%) e da batata (-13,44%). Entretanto, outros produtos como farinha (+23,70%), açúcar (+11,63%), feijão (+4,81%), leite (+2,11%) influenciaram no seu aumento em termos absolutos.
Pedro explica, ainda, que a queda nos preços do tomate segue uma tendência nacional devido à oferta elevada da safra de inverno. O tomate foi comercializado no atacado a uma preço médio de R$ 24,23 a caixa de 20 kg representando uma queda nos preços de 16,34%.
Essa baixa dos preços do tomate não deverá perdurar, uma vez que grande parte das lavouras em safra já foi colhida e a maturação para as próximas semanas deve ser mais lenta. No caso da batata, a tendência de baixa nos preços, tanto no atacado quanto no varejo, também é uma tendência nacional.
Segundo Pedro, a queda no preço da batata se deve, principalmente, à intensificação da safra de inverno devido à grande área de plantio. Para as próximas semanas, a expectativa é que o preço da batata continue em queda, principalmente em Guarapuava, que é um grande produtor desta cultura.