Autofagia!

O comportamento de guarapuavanos em relação à cidade e aos próprios moradores merece um estudo sociológico à parte. Há muito defendo essa necessidade. O motivo? Basta ver a torcida negativa, o desprezo, a negatividade que forma uma corrente contrária às coisas boas que acontecem ou que tendem a acontecer. Nunca presenciei tanta energia vibrando contra o próprio chão onde se pisa.

Um dos últimos acontecimentos está sendo exposto nas redes sociais com a notícia de um representante da “terra” no Big Brother Brasil. Não entra em discussão neste momento o formato do programa. O fato é que um guarapuavano, mesmo que por adoção, conseguiu o que milhões de brasileiros, entre os quais milhares de guarapuavanos, sonham conquistar. Cezar Lima está lá. E Guarapuava aparece mais uma vez, de forma negativa, na mídia nacional, pelo fato de ser a primeira cidade a ter um BB e os moradores torcerem contra. Será que a insatisfação pessoal é tão grotesca ao ponto de ser saciada com a própria carne? 

Guarapuava é uma cidade ímpar. Temos pecualiaridades, como um linguajar próprio, rico em expressões populares herdadas da mistura do índio, do negro, do caboclo, dos tradicionalistas que para cá trouxeram o dileto dos pampas do sul. Nossa riqueza cultural possui pitadas da cultura imigrante. Esse conjunto nos faz únicos.

Guarapuava possui uma beleza natural que encanta os olhos, que preenche a alma, que inunda o ser. Exportamos talentos, atraímos forasteiros que vem para ficar. Temos loucos que fazem acontecer. temos lúcidos que realizam e outros que mergulham na inanição e se autodevoram porque não tem coragem de enfrentar, de fazer. Mas Guarapuava é assim em seu novo momento. Pronta, como toda mãe, para aceitar seu filho, seja ele como for.