A Central Estadual de Transplantes quer estimular o debate nas famílias sobre a doação de órgãos, pois a prévia autorização familiar do possível doador é o requisito fundamental para doação de órgãos no Brasil. Para isso, promove palestras em igrejas, universidades e clubes de serviços em todo o Estado. Os interessados poderão entrar em contato com a Central de Transplantes do Paraná pelo email sesatran@sesa.pr.gov.br
A diretora da Central Estadual de Transplantes, Arlene Badoch explica que promover um debate sobre a questão, ou simplesmente levar o assunto para dentro de casa, faz com que as pessoas se aproximem e percam o medo. “Um bom começo é pensar na doação como um ato humano, de coragem e que salva vidas”, enfatiza. Para ela, em muitos casos a desinformação é a pior inimiga. “Um boato, uma informação errada ou mal compreendida pode fazer com que as famílias desistam de doar”, destaca.
A diretora da Central de Transplantes reforça que os protocolos para a doação de órgãos são confiáveis e seguem padrões internacionais de segurança. “Quando há a confirmação da morte cerebral, por meio do Protocolo de Morte Encefálica, profissionais que atuam na Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante acolhem e conversam com os familiares, esclarecendo as dúvidas sobre o processo de doação. É neste momento que todas as informações são repassadas, pois é importante que não haja incertezas por parte da família”, ressalta a diretora.
FILA DE ESPERA
De acordo com os registros da Central de Transplantes, no primeiro semestre de 2014, foram transplantados 211 órgãos – 133 rins, 51 fígados, 10 pâncreas e 17 corações. No entanto, 2.188 pessoas ainda esperam por um órgão no Paraná. A maior demanda é por rim, seguido por fígado e coração. São 1.621 pessoas na espera por rim, 88 por fígado e 50 por coração.