Em Pinhão, os bairros Dois Irmãos, Guapuavinha, São Cristovão, Cohapar e Darci Brulini estão afetados pela baixa produção de água. De acordo com a Sanepar, o baixo nível é resultado da turbidez e do alto consumo. Entretanto, essa situação está incomodando os moradores e as autoridades locais.
Ainda segundo a empresa, uma equipe da Sanepar está fazendo manobras na rede de distribuição para abastecer os bairros que foram atingidos pela baixa pressão e falta de água. “O fornecimento de água também está sendo reforçado com o uso de caminhão-pipa. A previsão é de que a normalização total do abastecimento aconteça, gradativamente, no decorrer da tarde desta sexta (12)”. Em situações assim é fundamental que a população siga consciente e use de forma racional, priorizando a alimentação e a higiene, sem desperdiçar.
Porém, a situação está atrapalhando o cotidiano dos moradores locais. De acordo com o Prefeito Odir Gotardo, a prefeitura vai acionar o Ministério Público para cobrar soluções da Sanepar em relação a falta de água que é histórica no município.
Consideramos esgotadas as formas persuasivas de fazer a Sanepar dar uma resposta positiva para comunidade e, agora, o caminho que nos resta será acionar o Ministério Público para exigir respostas adequadas da prestação do serviços da empresa.
ABASTECIMENTO PREJUDICADO
Em 22 de maio, o abastecimento de água tratada estava prejudicado em Pinhão devido ao excesso de barro do Rio Tapera, provocada pela forte chuva na Região. No sábado (23), o fornecimento de água foi feito pela captação do Poço do Gato. Isso permitiu o abastecimento para vários imóveis localizados na parte baixa da cidade. A situação foi sendo normalizada.
EMERGÊNCIA
Vale lembrar que o Paraná está passando pela pior estiagem desde 1997. A Sanepar lançou uma campanha de conscientização para que as pessoas usem a água de forma racional. Só com o consumo consciente será possível evitar o desabastecimento no Estado.
De acordo com o secretário estadual de Desenvolvimento Sustentável e Turismo, Marcio Nunes, a situação do Estado é grave. “Se o cidadão não usar a água de forma racional, as medidas adotadas serão ineficazes. É o mesmo que não usar máscara, álcool em gel e não evitar o contato físico em meio à pandemia”.
Conforme o diretor-presidente da Sanepar, Claudio Stabile, a empresa pede o engajamento das prefeituras para reforçar a campanha de uso racional da água. “Os municípios são os atores principais nesse processo. Sem vocês, não teremos condições de passar por este momento. A Sanepar acionou o protocolo de gestão de crise com a implementação de várias medidas. Porém, é fundamental a participação da população porque sem chuvas, não há água”.
REGIÃO
Em Prudentópolis, o prefeito Adelmo Klosowski, decretou estado na emergência na cidade no dia 15 de maio. Apesar de junho ter se apresentado um mês mais chuvoso, até agora, isso representa um “fôlego”, que segundo o prefeito não justifica o abandono do racionamento e a economia de água.
A recomendação é para que as pessoas não usem a água para lavar calçadas e carros, para que fechem a torneira durante a escovação dos dentes, para que tomem banhos mais rápidos, que controlem possíveis vazamentos, entre outras coisas importantes.
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