O coletivo Bajubá, próprio da comunidade LGBTQI+ tratou como falha de comunicação entre a administração municipal e a Agência do Trabalhador no ‘Dia Estadual de Combate a Homofobia’. De acordo com o coletivo, que representa lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, intersexo e assexuais em Guarapuava, no dia 17 de maio houve a informação de que haveria um mutirão de emprego na Agência. Seria voltado especificamente a esse público. Ocorre que, conforme o coletivo, isso não aconteceu. Agora há o pedido de explicações e que um novo mutirão seja feito.
O Portal RSN entrou em contato com a Secretaria de Comunicação (Secom), mas o jornalista que atendeu disse que aguardava resposta da Secretaria de Desenvolvimento Econômico. O Portal também tentou conversar com a secretária Janaína Naumann, também sem resposta.
Conforme reportagem postada no Portal RSN, com base em ‘release’ da Prefeitura, Guarapuava participaria do Dia de Empregabilidade LGBTQIA+, uma campanha do Governo do Paraná. A ideia era inserir a comunidade no mercado de trabalho e combater o preconceito. Assim sendo, durante o dia, a Agência do Trabalhador de Guarapuava ofereceria atendimento prioritário para o público LGBTQIA+, conforme a Prefeitura.
Ficamos bastante felizes que essa ação foi proposta pelo governo do Estado, que se mostrou atento às demandas básicas, que é a garantia da inclusão da diversidade no mercado de trabalho. E com isso, a demonstração da preocupação na entrada e permanência de sujeitos e sujeitas LGBTQIA+ nos postos de trabalho que viriam a assumir.
Entretanto, segundo o coletivo, não foi isso que ocorreu. Com base em informações que também circularam em redes sociais, incluindo os perfis oficiais, muitas pessoas foram até a Agência em busca das vagas. Todavia, nem os servidores estavam sabendo do que se tratava. “Os funcionários da Agência de nossa cidade diziam não saber do mutirão e disseram que não havia vagas específicas para pessoas LGBTQIA+ em nosso comércio”.
Compreendemos que houve, minimamente, uma grave falha de comunicação, entre o setor público e o próprio setor público, mas também entre o setor público e o setor privado. Talvez por falta de organização, sujeitas LGBTQIA+ sentiram-se ludibriadas pela propaganda que ora fora feita. Pois a mensagem era nítida: haveria um mutirão específico para pessoas LGBTQIA+, como afirmava o cartaz da postagem publicada pela Prefeitura no dia 16 de maio e que, posteriormente, fora retirado da página.
De acordo com a vereadora Cris Wainer (PT) que na sessão da Câmara dessa terça (23) deu voz ao Bajubá, o coletivo solicita uma explicação sobre a falha de comunicação da qual foram vítimas. Sugere também que um novo mutirão seja feito, desta vez com vagas específicas para esse público.
Em aparte feito ao pronunciamento de Cris Wainer, a também vereadora Bruna Spitzner (Podemos) disse ter recebido o ofício. Ela anunciou que vai agendar uma reunião com o coletivo, Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Agência do Trabalhador. A proposta é um novo mutirão.
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