22/08/2023
Saúde

Banco de Leite comemora um ano de atividade em Guarapuava

imagem-76280

Por Cristina Esteche / Foto: Lizi Dalenogari

Depois de 12 anos de projeto e trabalho do Clube Soroptimista Internacional, o Banco de Leite Humano saiu do papel e foi implantado no Hospital São Vicente de Paulo e está completando um ano de atividade. Esse tema pauta a sessão da Câmara de Vereadores de Guarapuava, no retorno do recesso parlamentar. A sessão começou às 19h00 desta segunda (04).  O tema está sendo abordado por representantes do Clube Soroptimista Internacional de Guarapuava, 5ª. Regional de Saúde, Secretaria Municipal de Saúde e do Hospital São Vicente de Paulo, onde o Banco de Leite está instalado.

Para a enfermeira mestre e docente da UEL (Universidade Estadual de Londrina), Márcia Benevenuto de Oliveira, coordenadora do Banco de Leite da Universidade, as doações podem salvar a vida de muitos bebês prematuros. “Quando a mãe produz leite acima do que o filho dela consome, a gente pede para doar. Os prematuros precisam muito desse leite e, muitas vezes, a mãe não tem produção suficiente para atender a alimentação do bebê”, afirmou.

De acordo com o secretário municipal de Saúde de Guarapuava, Stefan Wolanski Negrão, o leite materno é o principal alimento para que a criança prematura ganhe peso e estabilize a saúde. “É mais uma ferramenta que será destinada não apenas para as crianças internadas, mas para aquela que precisar”, diz o secretário. Ele observa que a amamentação adequada também reduz custos para o Estado e para o Município, uma vez que previne doenças e, consequentemente, reduz internamentos, contribuindo para reduzir a mortalidade infantil em Guarapuava e na região.

Para abastecer o Banco de Leite, é preciso que as mães sejam solidárias. Quem tem excesso de leite, mesmo amamentando o próprio filho, contata o Banco de Leite. A mãe interessada será procurada em casa, preenche uma ficha e tem o leite coletado. Tudo sob a orientação de profissionais capacitados. O leite é pasteurizado, passa por um controle de qualidade e depois é distribuído. “Inicialmente, quem vai receber esse leite são as crianças internadas nas UTIs neonatais, para bebês prematuros e outros que estejam em fator de risco por falta de amamentação”,  Franciele Boaria, do Banco de Leite.

As mães aptas a doar leite materno são aquelas que são sadias, ou seja, que não tomam medicamentos controlados que podem comprometer a qualidade desse alimento.

Uma criança que é amamentada pela mãe até os oito primeiros seis meses de vida tem 17 vezes menos chance de morrer por diarreia e quatro vezes menos a chance de contrair pneumonia nos primeiros 12 meses de vida. “Uma criança que é amamentada com leite materno se desenvolve com saúde, possui mais chances de recuperação e fica protegida contra infecções, diarreia e alergias”. O leite materno tem mais de 250 constituintes e imuniza.

Cristina Esteche

Jornalista

Relacionadas

A missão da RSN é produzir informações e análises jornalísticas com credibilidade, transparência, qualidade e rapidez, seguindo princípios editoriais de independência, senso crítico, pluralismo e apartidarismo. Além disso, busca contribuir para fortalecer a democracia e conscientizar a cidadania.