Da Redação
Guarapuava – Aos 66 anos de idade, a Associação Atlética Batel troca de comando e surge revitalizada. Com novo grupo gestor e a contratação de 28 atletas – dos quais sete,"prata da casa" – o retorno à Primeira Divisão em 2019 é a meta dos gestores Solmir Consalter, Emerson Galon e Marcelo H. do Ó. O trio passa a ser o responsável pelos treinamentos táticos e físicos, avaliações, contratações e captação de recursos, entre outras demandas. De acordo com Solmir, a decisão de assumir a equipe rubro-negra foi simples. “Eu e o Marcelo atuávamos no Prudentópolis onde meu filho Pedro Henrique era o goleiro. Como sou de Guarapuava, por que não fazer esse trabalho aqui”?
Solmir se juntou a Emerson, que atuava no Paraná Clube, Marcelo do Ó e Dida, que era o treinador de goleiros do PSTC, e fizeram essa aposta. “O Batel tem estrutura física e com o nosso conhecimento e contatos, acreditamos nessa ideia”. Os atletas e o novo projeto foram apresentados na noite de segunda (14), na Faculdade Guairacá.
O desafio, porém, não será fácil. O custo para manter a equipe e encarar os quatro meses de campeonato pela Terceirona será de R$ 200 mil, o equivalente a R$ 50 mil por mês. Para arrecadar esse valor, o Conselho Gestor fará visitas a empresários de Guarapuava. Uma reunião acontecerá nesta terça (15) com o prefeito Cesar Silvestri Filho e com o secretário municipal de Esportes e Recreação, Pablo Almeida. “Nós vamos apoiar o Batel”, antecipa Pablo.
Outra fonte de renda será o retorno da torcida batelina ao Estádio Valdomiro Gelinski nas tardes de domingos. “Quando cheguei em Guarapuava há 41 anos o programa aos domingos era assistir os jogos do Batel em meio a uma torcida inflamada”, relembrou o diretor geral da Faculdade Guairacá, professor Juarez Soares. A Instituição é a patrocinadora master da equipe.
Para o vice-presidente da AA Batel, Sergio Leocádio Miranda, com esse novo processo, o Batel mostra que é uma entidade que promove a abertura para iniciativas que visam a melhoria do clube. O Batel continua sendo presidido pelo empresário Alfredo Gelinski.
A TRAJETÓRIA
Criado em 1951, no dia 17 de março, no futebol amador, após algum tempo a trajetória do Batel foi interrompida. No final da década de 70, o empresário Alfredo Gelinski, um aficionado pelo futebol, recria o rubro-negro e dá novo impulso ao time, que chega à Segunda Divisão nos anos 80. Em 1990, o “rubro-negro da baixada” sobe para a Primeira Divisão, fazendo a sua estreia na Série A, chegando a ser o sexto colocado no Campeonato Paranaense. “Foi a melhor colocação e queremos repetir esse feito”, diz Solmir Consalter. Entre 1994 e 1995, a equipe batelina participou da Série C do Campeonato Brasileiro.
“Com esse novo projeto, o Batel pretende reviver a década de 90, com um time competitivo, com casa cheia e voltar a ser o orgulho do torcedor”.