O Banco Central alterou nesta quarta feira (20) novamente as regras dos depósitos compulsórios (recursos que têm de ser mantidos pelos bancos na autoridade monetária) e, com isso, liberou mais R$ 10 bilhões para os bancos emprestarem aos seus clientes.
"Dando continuidade às medidas de distribuição da liquidez na economia, o Banco Central do Brasil alterou normas relativas ao recolhimento compulsórios sobre recursos a prazo, com impacto adicional estimado em R$ 10 bilhões", informou a instituição.
Em julho, o BC já havia liberado R$ 45 bilhões para os bancos emprestarem. As alterações acontecem em um momento de fraca atividade econômica. O chamado Índice de Atividade Econômica do BC (o IBC-Br), que busca ser um antecedente do Produto Interno Bruto (PIB), registrou retração de 1,2% no segundo trimestre – o maior recuo do indicador desde 2009.
Além das alterações nas regras dos depósitos compulsórios, o Banco Central também mudou de novo as regras do requerimento mínimo de capital para risco de crédito, que é um tipo de reserva que os bancos devem ter caso tomem calote de quem recebeu os empréstimos.
Neste caso, o BC ainda não informou qual o impacto estimado na liquidez. Na manhã de hoje, a autoridade monetária concederá entrevista coletiva e dará mais informações sobre o assunto.
Informou que os ajustes "consideram a fase atual do ciclo de crédito no Brasil e se inserem nos processos de revisão das medidas macroprudenciais adotadas a partir de 2010 e de continuidade da convergência da regulação brasileira aos parâmetros internacionais de Basileia".
De acordo com o Banco Central, espera-se que as medidas "ampliem o acesso a crédito por pequenas empresas e fortaleçam o comercio exterior. Pretende-se assim incrementar a eficiência do sistema e salvaguardar sua resiliência".