*Reportagem com vídeo
A emoção tomou conta dos profissionais de saúde que fizeram o parto de um bebê nesta quarta (17), em Guarapuava. Era por volta das 10h37 quando a mãe entrou na sala de cirurgia do Instituto Virmond para uma cesariana. Minutos depois nasceu um menino, pesando 3,2 quilos. A gestação estava em 40 semanas mais três dias.
Entretanto, o médico Rui Carlos Detsch Junior, a enfermeira Glaucia e as técnicas de enfermagem Marcilene, Leoni e Casturina tiveram uma surpresa. O bebê estava dentro da bolsa, no que se chama de ‘parto empelicado’. Ou seja, um tipo raro de nascimento, já que o saco amniótico se rompe durante o trabalho de parto. Conforme o médico isso ocorre logo após a gestante sentir as primeiras contrações.
Entretanto, em algumas situações raras, isso não ocorre e o bebê nasce ainda envolto pela fina, mas resistente membrana que o manteve imerso em líquido amniótico durante os nove meses de gestação. Conforme Detsch Junior, estima-se que esse tipo parto ocorra a cada 80 mil nascimentos.”Esse momento foi maravilhoso e único, pois raramente os bebês nascem com a bolsa íntegra”.
SEM EXPLICAÇÃO
Os médicos ainda não sabem explicar porque esse tipo de parto ocorre. Entretanto, asseguram que não traz nenhum risco, nem para a mãe nem para o filho. Muito pelo contrário, tanto a bolsa quanto o líquido amniótico protegem o bebê das contrações muito fortes do útero. Isso faz com reduzam os riscos de traumas por meio do canal vaginal.
De acordo com o Instituto Virmond, os partos empelicados podem ocorrer também durante cesáreas e são desejados pelos médicos quando a mãe tem alguma doença infecciosa, como HIV. É que o saco amniótico impede o contato direto do bebê com o sangue materno.
Todavia, em diversas culturas e relatos que vêm desde os tempos medievais, nascer dentro do saco amniótico é considerado um sinal de boa sorte para o bebê.
*Veja o vídeo que mostra o bebê nascendo dentro do saco amniótico.