22/08/2023
Política

Beto Richa diz que não tem medo de pesquisas como critério de escolha para o candidato do PSDB no PR

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Pitanga – O prefeito de Curitiba e pré-candidato ao Governo do Paraná pelo PSDB, Beto Richa, confirmou o seu encontro com o senador Osmar Dias (PDT) na quarta-feira (27) em Brasília.
A conversa que aconteceu entre quatro paredes no Senado Federal, de acordo com o “tucano”, teve um teor meramente cordial. “Cada vez que vou a Brasília converso com o senador. Foi uma visita cordial, nada além disso”, desconversou.
Mesmo conversando com Osmar Dias, que também é pré-candidato ao governo do Estado e que por sua vez dialoga com a cúpula nacional do PSDB e com o PT, as atenções a partir de agora estão voltadas, cada vez mais, para o encontro do PSDB em Curitiba que vai definir o nome do candidato do partido. A disputa é entre Beto Richa e o senador Álvaro Dias que insiste no critério das pesquisas para a escolha do nome oficial.
Beto Richa não se preocupa com isso. “A expectativa é muito boa porque conheço bem o meu partido. Tenho uma relação muito próxima como todos os membros da Executiva, do Diretório e sempre tive uma atuação muito efetiva dentro do PSDB e as lideranças me conhecem. Assim como foi na Executiva onde tenho a unanimidade de apoio essa condição pode se repetir no Diretório Estadual”, comentou.
O otimismo em relação à confirmação do seu nome no encontro do próximo dia 8 de fevereiro pode ser sentido também no tom do pronunciamento do pré-candidato na reunião com prefeitos, vereadores, deputados e outras lideranças políticas em Pitanga, na noite de ontem (quinta-feira, 28).
“Sempre tive vontade de ser governador do Paraná e quando recebi a convocação do meu partido para ser pré-candidato não hesitei”, declarou.
Entretanto, Beto Richa respeita a pré-candidatura de Álvaro Dias e, mais uma vez, garante que vai acatar a decisão tomada pelo PSDB. “Respeito a decisão do partido. Não sou candidato de mim mesmo, mas é preciso ver qual é o nome que reúne as melhores condições para ser candidato”, voltou a repetir. Essa tecla está sendo batida por Richa em todos os seus pronunciamentos.
Ele coloca na mesa de decisão alguns quesitos considerados essenciais para a escolha definitiva: trânsito livre e bom relacionamento entre os deputados “tucanos” traduzindo o maior número de apoios; menor índice de rejeição junto ao eleitorado paranaense que pode ser sinônimo de expectativa de vitória e perfil que vá de encontro com o desejo que o povo paranaense para o próximo governador do Paraná.
Se Álvaro Dias se apega a pesquisas para tentar tirar vantagem na hora da escolha “tucana”, Beto Richa não se intimida e “tira de letra” ao dizer que também aceita esse critério de escolha, embora observe que a consulta popular reflete o que chamou de “fotografia do momento”. Mas avisou: “Não tenho medo de pesquisas. Todas as que estão sendo divulgadas tem números a meu favor”.
O que Beto Richa descarta com certeza é a possibilidade de qualquer intervenção do Diretório Nacional na decisão paranaense. “Isso eu digo a você: uma intervenção nacional o risco é zero. Tenho conversado com os governadores Aécio Neves (Minas Gerais) e José Serra (São Paulo), com o presidente do Diretório Nacional, Sergio Guerra, e todos dizem que a decisão do Paraná será acatada. Alguém pode quere levar essa decisão para o tapetão, mas não terá êxito”, assegurou à jornalista Cristina Esteche.

A ESCOLHA DO VICE. SILVESTRI É ELOGIADO
Quando o assunto é quem vai ocupar a vaga de vice numa possível chapa encabeçada pelo prefeito de Curtiba, que terá que renunciar ao cargo caso seu nome seja referendado no encontro do dia 8, Beto Richa diz que ainda é cedo para qualquer especulação, pois ainda depende de definições das alianças.
Os deputados Alexandre Curi (PMDB), Cezar Silvestri (PPS) e o senador Flavio Arns, hoje no PSDB, foram comentados pelo “tucano”.
Silvestri, porém, mereceu elogios por parte de Richa. “Tenho uma grande admiração pelo Cezar. Já o conheço há algum tempo, desde a Assembleia Legislativa. É um deputado muito atuante e sério. Possui valores pessoais e é um grande político. É um privilégio pertencer ao mesmo grupo político que Silvestri e me sinto lisonjeado com o seu apoio”, afirmou.

Confira a entrevista em video:

Cristina Esteche

Jornalista

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