Em discurso no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro defendeu os presidentes da ditadura militar que governaram o Brasil de 1964 a 1985. Contudo, Bolsonaro não fez menção à censura, às torturas e às mortes cometidas pelo regime.
Ele também defendeu o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por participar de atos antidemocráticos e ataques às instituições. Bolsonaro falou durante evento de despedida de ministros que vão deixar o governo para disputar as eleições em outubro.
O presidente começou o discurso lembrando que nesta quinta é aniversário do golpe militar de 1964. Contudo, ao contrário do que registra a história, afirmou que não houve golpe. Em seguida, omitindo a violência do regime, a perseguição a opositores e a cassação de direitos individuais, disse que todos tinham direito de ir e vir durante a ditadura.
Ele ainda se dirigiu a Daniel Silveira, que apesar de ter que usar tornozeleira eletrônica, se recusa a cumprir a medida. De acordo com o ministro Alexandre de Moraes, o deputado vem desobedecendo medidas restritivas impostas pelo Justiça, por isso deve usar a tornozeleira.
ATAQUES AO STF
Durante o discurso, Bolsonaro voltou a fazer ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Nos últimos anos, o presidente protagonizou momentos de severa crise institucional com o Judiciário ao subir o tom em declarações sobre os ministros.
Temos inimigos, sim. São poucos inimigos de todos nós aqui no Brasil, poucos, e habitam essa região dos três poderes. Esses poucos podem muito, mas não podem tudo.
Nesse ponto, Bolsonaro se exaltou e mandou aqueles que não tenham “ideias” para o país calarem a boca e vestirem a toga “sem encher o saco”.
Além disso, apesar de não citar o nome da ministra Rosa Weber, criticou a decisão da magistrada que negou o arquivamento do inquérito que investiga o presidente. O caso envolve o crime de prevaricação no caso da negociação da vacina Covaxin.
(*Com informações do Portal G1)
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