Guarapuava confirmou ser um município conservador ao dar a vitória no município ao capitão do Exército, Jair Messias Bolsonaro. O candidato do PSL, recém eleito presidente do Brasil, obteve 57,33% dos votos válidos, enquanto o petista Fernando Haddad teve 42.67% dos votos. Votos nulos somaram 1,97% e brancos, 3,95%.
De acordo com a Justiça Eleitoral, dos 125.757 eleitores, 83,53% votaram e outros 16,47% não foram às urnas neste segundo turno das eleições. Em alguns bairros da cidade, a comemoração se dá com o estouro de foguetes. No Centro, ainda não há mobilização, a não ser buzinas quando veículos com a propaganda de Bolsonaro se encontram.
RESISTÊNCIA
Como acontece tradicionalmente, o PT não consegue avançar nos pleitos municipais, embora, pela primeira vez, tenha conquistado duas vagas na Câmara de Vereadores, ao eleger os professores Terezinha Daiprai e Serjão nas últimas eleições municipais. No primeiro turno das eleições deste ano, o ex-vereador Antenor Gomes de Lima e o professor Gilberto não se elegeram como deputados estadual e federal, respectivamente.
Na cidade, assim como no Brasil, a candidatura de Bolsonaro conseguiu a adesão da classe empresarial e do agronegócio que apostam na proposta da economia liberal do presidente eleito. Bolsonaro defende as privatizações e a adoção de políticas ortodoxas. Embora tenha assumido durante a campanha eleitoral que não entende de economia, assegura que entregará o ministério ao economista Paulo Guedes, que possui Ph. D pela Universidade de Chicago e foi um dos fundadores do Instituto Millenium, entidade sem fins lucrativos formada por intelectuais e empresários, que promove valores e princípios que garantem uma sociedade livre, como liberdade individual, direito de propriedade, economia de mercado, democracia representativa, Estado de Direito e limites institucionais à ação do governo.