22/08/2023


Brasil Saúde

Brasil investiga se nova variante do coronavírus, a ômicron chegou ao país

Um passageiro que passou pela África do Sul e desembarcou em São Paulo testou positivo para covid-19. O caso está sendo investigado

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Chamada de ômicron, a variante identificada na África do Sul tem classificação pela OMS como preocupante (Foto: Divulgação/Getty Images via BBC)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou uma nova variante do coronavírus. Chamada de ômicron, a variante identificada na África do Sul tem classificação pela OMS como preocupante. Diversos países, principalmente os europeus, temem o avanço nos casos entre a população.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do Brasil informou que nesse sábado (27), um passageiro que passou pela África do Sul e desembarcou no aeroporto de Guarulhos (SP) testou positivo para o coronavírus. Conforme a Anvisa, as autoridades de saúde brasileiras ficarão responsáveis pelo “mapeamento genômico para identificação da variante” para saber se ele estava contaminado com a variante ômicron ou não.

Essa nova variante deixou em alerta as autoridades do mundo inteiro por possuir mais de 30 mutações e apresentar alterações associadas a uma maior capacidade de contágio e de contornar as defesas humanas. É o primeiro caso investigado nesse sentido no Brasil.

Conforme especialistas, ele mostra que o ritmo de transmissão da variante é superior ao de outras. Inclusive as já famosas, como a delta, mas, ao mesmo tempo, os dados se referem exclusivamente à África do Sul, onde é baixo o percentual de pessoas vacinadas.

Por isso, não é possível extrapolar a análise e dizer que o mesmo vai se repetir em países com outras taxas de vacinação e de pessoas que já tiveram a Covid-19.

O QUE SE SABE

De acordo com a OMS ela tem 50 mutações, sendo mais de 30 na proteína “spike” a “chave” que o vírus usa para entrar nas células e que é o alvo da maioria das vacinas contra a covid-19. O primeiro caso confirmado da variante corresponde a uma amostra coletada em 9 de novembro de 2021. Reportada posteriormente à OMS em 24 de novembro pela África do Sul.

Conforme as informações que se tem até o momento, as evidências sugerem que ômicron pode facilitar a reinfecção. Além disso, todos os continentes registraram casos da variante, alguns apresentando um grande número de mutações, algumas preocupantes. Porém não há registro de morte ligada à nova cepa. Por fim, medidas não farmacológicas como o uso de máscara, distanciamento, ambientes ventilados se mostraram efetivas na prevenção ao vírus.

O QUE AINDA NÃO SE SABE

No entanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda não sabe se a variante apresenta maior transmissibilidade, nem se causa sintomas mais graves e mortes. Outra pergunta que ainda não se tem respostas diz é se a nova variante apresenta resistência à vacinação.

PARANÁ

Seis pessoas que desembarcaram no Paraná e estavam no mesmo voo com o brasileiro que passou pela África do Sul e testou positivo para a covid-19 no domingo (28) estão sendo monitorados, segundo a Secretaria Estadual de Saúde do Paraná (Sesa).

Segundo o secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, as pessoas que estiveram no voo são monitoradas. “Estamos analisando as chegadas de pessoas que vieram da África. Estamos mantendo contato com os municípios e vamos pedir quarentena para quem vem do exterior, principalmente da África”.

Ele ainda afirmou confiar no índice de vacinação do Paraná para conter a nova variante. “A nossa cobertura vacinal é muito boa, diferente do leste europeu e da África. As condições aqui para o vírus se desenvolver é muito menor, mas manteremos sempre a vigilância”.

Reportada na semana passada pelo centro de vigilância, a nova variante do coronavírus, a ômicron, ainda é pouco conhecida por cientistas e pesquisadores. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que vai precisar “de várias semanas” para compreender melhor esta nova variante do coronavírus.

(*Com informações do G1)

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Antunes

Jornalista

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