terça-feira, 25 de mar. de 2025
Cotidiano Em Alta Guarapuava

‘Brechozinho Guarapuava’ segue sem controle e gera nova onda de denúncias

Sem moderação, grupo no Facebook vira espaço para ataques virtuais anônimos e já motivou investigações e requerimentos oficiais

Sem moderação, grupo no Facebook vira espaço para ataques virtuais anônimos e já motivou investigações e requerimentos oficiais

Participantes podem publicar em modo anônimo (Foto: Brainn Belo/RSN)

O grupo ‘Brechozinho Guarapuava’, no Facebook, continua sendo alvo de investigações e denúncias por permitir a publicação anônima de conteúdos ofensivos e criminosos. A falta de moderação tem transformado o espaço, inicialmente voltado para compra e venda, em um ambiente de ataques virtuais e exposição de cidadãos guarapuavanos.

Desde o ano passado, a Polícia Civil tem recebido uma crescente quantidade de boletins de ocorrência relacionados a postagens feitas no grupo. Inclusive um registrado por servidoras de uma unidade de Saúde. A Polícia já identificou autores de algumas postagens e segue investigando outros casos.

No início de março, a Polícia Civil acionou a plataforma Facebook para que tome providências sobre a ausência de um administrador no grupo. Entre as medidas solicitadas estão a restrição de postagens anônimas e a nomeação de um moderador.

Além da atuação da Polícia, o caso também chegou ao Legislativo. O vereador Paulo Lima (PP) protocolou um requerimento na Câmara Municipal solicitando que o Ministério Público e o Facebook tomem providências. Conforme o parlamentar, sem um administrador, o grupo virou uma terra sem lei. “Não há moderação, assim qualquer coisa pode ser publicada sem filtro. Fiz esse requerimento para que seja identificado o responsável pelo grupo e, caso seja inexistente, que esse grupo seja removido das redes sociais.”

O Brechozinho, que conta com cerca de 96 mil membros, reúne postagens de fofocas, provocações, denúncias sem embasamento e até conteúdo erótico. Leitores do Portal RSN relataram preocupação com a disseminação de postagens que podem causar danos irreparáveis à imagem e à honra de pessoas.

A Polícia Civil reforça que vítimas de publicações ofensivas podem registrar boletim de ocorrência presencialmente na delegacia.

O Portal RSN tenta contato com a fundadora do grupo há semanas, mas ainda não obteve retorno.

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Thiago de Oliveira

Jornalista

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