O mês de novembro, foi um mês de recordes também no sistema carcerário. Conforme as informações do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen/PR) por meio da chefia da Cadeia Pública de Guarapuava, durante os 30 dias do mês de novembro, os guardas prisionais enfrentaram 13 situações de fuga. Do total, 12 foram frustradas.
Em contrapartida, outro problema recorrente na unidade prisional, que é o arremesso de ilícitos, teve diminuição. De acordo com as afirmações, o local que mais facilitava o lançamento de celulares e outros objetos é o pátio do Instituto Médico Legal (IML) que fica ao lado do solário do cadeião. Em nota, a chefia informou que “medidas de enfretamento foram tomadas contra os arremessos, o que resultou em uma severa diminuição nas tentativas de ingresso. Além disso, um guarda fica no local durante todo o dia”.
Conforme informações, um dos detentos participa de fugas com frequência, e está foragido desde a única fuga com êxito neste mês, registrada em 6 de novembro. Ele já conseguiu fugir nove vezes de diferentes unidades prisionais no Estado. Não há informações sobre a recaptura dele.
Ainda neste ano, cinco detentos morreram na cadeia. Conforme informações, a última morte ocorreu em 18 de agosto. Dois dias depois da última morte, uma operação do Gaeco cumpriu mandados de prisão. A ação investigou as execuções dentro da unidade. Nesta semana, a mãe de um dos detentos mortos procurou o Portal RSN, para descrever a busca pela justiça depois da morte do filho na cadeia.
EFEITO PANDEMIA NO SISTEMA CARCERÁRIO
Desde o início da pandemia o sistema carcerário teve a rotina afetada com a suspensão de visitas. Embora o avanço da doença seja exponencial aqui do lado de fora, o cadeião registrou apenas seis casos suspeitos de covid-19, porém, todos foram descartados.
Conforme informações, as outras unidades do sistema carcerário de Guarapuava também registraram casos. Desse modo, a Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG), teve casos suspeitos, embora a direção a princípio negou a informação. Já na Penitenciária Estadual de Guarapuava (PEG-UP), apenados que cumprem pena em regime de progressão tiveram as atividades suspensas após confirmações de casos na unidade.
A unidade que conta com aproximadamente 460 presos, foi projetada para apenas 166. A obra que vem pautando discussões e reuniões há anos foi novamente adiada neste ano. Dessa forma, em agosto, o chefe de cadeias públicas da Regional de Guarapuava, Rodrigo Alves Fávaro, afirmou que a nova data será 2022.
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