É comum encontrar nos bairros de Guarapuava cães andando pelas ruas sem seus donos, machucados e muitas vezes doentes. E esse problema tem uma maior ocorrência em agosto – o chamado mês do “cachorro louco”.
O funcionário do canil, Aldonei Bonfim, explica que agosto é considerado o mês do “cachorro louco”, pois é a época em que as cadelas entram no cio. “ Muitos donos soltam suas cadelas quando elas entram no cio para não ter o incômodo de ter um bando de cachorros na frente da sua casa. E uma vez que a cadela solta na rua cerca de 8 a 12 cachorros começam a acompanhar ela. Por isso que agosto é considerado o mês do ´cachorro louco´”, diz.
Com essa quantidade de cachorros abandonados, Aldinei relata que o risco de doenças é maior, assim como o aumento da população canina. “Normalmente recebemos 8 ligações por dia para recolher cachorros abandonados. Em agosto esse número chega a dobrar. E depois de uns dois meses recebemos ligações para recolher os filhotes que nasceram na rua”, fala Aldonei.
Solução
A veterinária, Cláudia Ribeiro G. Córdova, comenta que além de uma maior conscientização dos donos dos animais, a solução seria a castração. “Com a castração você evita a super população, previne doenças, aumenta a imunidade dos animais, deixando eles mais calmos e equilibrados. E o processo cirúrgico para a castração é muito simples”, cita a veterinária.
Amigos do Canil
Pensando no problema do abandono dos animais e tentando evitar a super população, voluntários do “Amigos do Canil” querem montar uma sala de cirurgia para acolher esses animais. O voluntário, Josef Kopf, explica que a sala de cirurgia vai atender os cachorros abandonados que estão doente e muitos que são atropelados diariamente, além de fazer a castração. Mas para a construção do centro cirúrgico Josef estima um gasto de R$ 10 mil. “Desafio alguns empresários da nossa cidade se juntarem e fazerem essa doação para construirmos a sala de cirurgia para os animais abandonados”, fala o voluntário.
Além de dinheiro, a pessoa pode contribuir com medicamento, ração ou ser voluntária. Quem quiser ajudar pode telefonar para (42) 8402 2412 e falar com Aldonei. E também pelo telefone (42) 3622 4616 e falar com Josef ou comparecer no endereço: Rua Padre Salvador Renna, 986 (Restaurante Heimathaus).