O números de pacientes infectados pela covid-19 no Paraná caiu pela metade na semana epidemiológica 41 (4 a 10 de outubro) com relação à semana anterior. É o que indica o boletim divulgado pela Secretaria do Estado da Saúde. Além disso, de acordo com o boletim, a macrorregião Leste, onde está a 5ª regional de Guarapuava, também está em declínio no número de casos.
De acordo com o boletim, a média móvel dos casos fechou em queda pela quinta semana seguida. Assim, o Estado completou três semanas consecutivas com menos de 10 mil casos confirmados. A Saúde confirmou até agora, 4.727 casos nesta semana, contra 9.292 diagnósticos na anterior. Porém, a Agência Estadual de Notícias ressalta que os números passam sempre por ajustes da Secretaria da Saúde.
MACRORREGIÃO LESTE
Já a macrorregião Leste, que abriga além de Guarapuava, regionais como Irati, Ponta Grossa, União da Vitória, Curitiba e Paranaguá está acompanhando as estatísticas estaduais. Dessa maneira, está na quinta semana de declínio no número de casos, com 2.373 pacientes diagnosticados, 41% a menos que na semana anterior, quando houve 4.034 casos.
OUTRAS REGIÕES
As macrorregiões Oeste e Norte tiveram a maior redução na média móvel de uma semana para outra, ambas com 58% menos casos. A Oeste passou de 2.205 diagnósticos na semana anterior para 927 na última. A última vez que a macrorregião havia fechado a semana epidemiológica com menos mil casos foi em 13 de junho. Contudo, a macrorregião Norte registrou 798 diagnosticados com covid-19 na última semana, contra 1911 na anterior.
Entretanto, a Macrorregião Noroeste já vem há sete semanas com redução no número de casos. Desde a semana que encerrou em 22 de agosto, quando houve um pico de 1.600 diagnósticos, o número de infectados só diminuiu. Dessa maneira, fechando a última com 629 pacientes confirmados com o novo coronavírus.
PICO DA DOENÇA
Conforme o boletim, o pico da doença no Estado ocorreu na semana 36 (até 5 de setembro), com 12.196 pacientes confirmados. Desde então, os diagnósticos de covid-19 só reduziram. Passaram para 10.969 na semana 37 (até 12 de setembro), 10.600 casos na semana 38 (até 19 de setembro) e 9.450 confirmações na semana 39 (até 26 de setembro).
A média móvel de mortes também está em queda nas três últimas semanas, consecutivamente. Na semana 41, foram 97 mortes por covid-19, contra 201 e 252 nas semanas anteriores.
PERFIL
Até este domingo (11), a Secretaria da Saúde confirmou 190.124 pessoas infectadas pelo coronavírus e 4.721 mortes pela doença. Do total de infectados, 74% já se recuperaram – são 141.286 pessoas. De acordo com o boletim da mesma data, são 807 pacientes internados, 426 em leitos de enfermaria (53%) e 381 na UTI (47%). O número de mortes representa 2,5% do total de casos.
Enquanto as mulheres são a maioria diagnosticada, os homens morrem mais. Entre os casos confirmados, 100.090 (53%) são mulheres e 90.034 (47%) são homens. Nas mortes, essa relação se inverte: 60% dos falecidos são do sexo masculino (2.825) e 40% do sexo feminino (1.896).
FAIXA ETÁRIA
Contudo, há diferença na média de idade, com um maior número de jovens infectados, mas mais idosos mortos pela doença. Os pacientes diagnosticados têm em média 39 anos, enquanto a idade de média dos que morreram foi de 68 anos.
A faixa etária com o maior número de casos é de 30 a 39 anos (42.999), seguida de 20 a 29 anos (39.572) e de 40 a 49 anos (35.841). Entre a população com idade entre 50 e 59 anos, foram registramos 26.898 casos e, entre as pessoas com mais de 60 anos, são 16.048. Também há 6.562 casos entre crianças de zero a nove anos e 11.209 de adolescentes e jovens com idade entre 10 e 19 anos.
Entre as mortes confirmadas, 3.548 pacientes tinham mais de 60 anos. Dessa maneira, sendo que a faixa etária (dos 70 aos 79 anos) que concentrava o maior número de mortes, registrando 1.277. Além disso, houve, também, 209 pessoas que morreram com menos de 40 anos. Ainda, 962 mortos com idades entre 40 e 59 anos. Entre crianças e jovens, do zero aos 19 anos, foram confirmados 16 mortes.
FATOR DE RISCO
Pelo menos 82% das pessoas que morreram por causa do novo coronavírus apresentavam algum fator de risco, ou mais de um. O principal grupo de risco são os idosos, que representam 75,54% das mortes. Entre pacientes que vieram a morrer, 46,67% apresentavam doença vascular crônica e 32,09% tinham diabetes. Também morreram seis gestantes e cinco mulheres no puerpério (até 45 dias após o parto), e 17 pessoas com síndrome de down.
Além disso, dos 16.362 pacientes que foram hospitalizados, 66% (10.815) tinham algum fator de risco. Entretanto, esse número não contempla pacientes com hipertensão e neoplasia, morbidades que não estão incluídas na tabela do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe).
GRUPOS ESPECÍFICOS
O Informe Epidemiológico da Secretaria da Saúde também inclui dados sobre o impacto da covid-19 entre os profissionais da área da saúde. Assim, como nos indígenas e na população privada de liberdade. Ao menos 8.524 trabalhadores da saúde foram infectados pelo vírus no Paraná e 110 morreram. Já entre os indígenas, foram 1.461 casos. Também houve 3.951 notificações na população carcerária, com 1.276 casos confirmados.
TESTES
Já foram feitos até agora no Paraná 729.693 testes, com 554.723 resultados negativos, 169.823 confirmados e 5.147 em análise. O Laboratório Central do Estado (Lacen) e o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) têm capacidade de processar até 5.600 testes RT-PCR por dia. Por fim, o Estado também recebeu 427.980 testes rápidos (One Step Test) do Ministério da Saúde, que foram distribuídos aos municípios.
Leia outras notícias no Portal RSN.