sábado, 29 de mar. de 2025
Em Alta Pinhão Política

Câmara arquiva denúncia com o voto do vereador denunciado

Presidente diz que Regimento Interno permite e que maioria decidiu arquivar por cautela, já que a mesma denúncia tramita no MP de Pinhão

Vereador Romário Varella Batista (Foto: Reprodução/Sessão da Câmara dos Vereadores de Pinhão)

*Matéria atualizada às 11h3 desta quarta (26) a pedido do vereador

Uma denúncia protocolada pela enfermeira Makcine Timm da Silva contra o vereador Romário Varella Batista (PT), alterou os ânimos na sessão na Câmara de Pinhão. A denúncia pedia a instauração de uma Comissão Processante, o que poderia, ou não, resultar na cassação do mandato de Varella.

O ‘pivô’ dessa história foi a entrada do vereador e outras três pessoas na casa de Jorge Elias da Silva, pai de Makcine. Tudo por causa de uma polrtrona para que uma senhora  de 76 anos, esposa do pai dela, não tenha feridas. Dona Francisca Martins, tem sequelas de uma AVC, com fala comprometida, movimentos reduzidos. Além de diabete e hipertensão descompensada. Ele teria entrado sem permissão, gravado vídeos e postado em redes sociais. E com agravante, conforme a enfermeira. O vereador e outras três pessoas entraram na casa,com a intenção de “fiscalizar”. Romário Varella, confrome a denunciante, disse que a “cadeira era roubada e ainda expôs meus honorários”. A enfermeira coordena a UPA na cidade.

Essa poltrona, conforme a denunciante, pertence à Secretaria Municipal de Saúde, com série patrimonial e encontra-se emprestada à pessoa doente. Conforme a enfermeira, a exposição em redes sociais, inclusive com o endereço da família, causou danos emocionais e morais à família e ao idoso. Confira a denúncia aqui.

Em conversa com o Portal RSN, Varella disse que tinha permissão para entrar na casa. De acordo com o vereador, ele entrou com a permissão de um familiar. A polêmica começou na hora da votação para ver se a denúncia seria aceita ou não. A votação, que contou com a participação do denunciado, aprovou o arquivamento da denúncia.

De acordo com o presidente da Mesa Executiva, João Paulo Mendes (Pode), o Regimento Interno permite que o denunciado vote. “Ele não poderia participar e nem votar somente na Comissão Processante”.

“CAUTELA”

João Paulo também disse ao Portal RSN que o arquivamento da denúncia se pautou pela cautela. Isso porque existem duas denúncias transitando junto ao Ministério Público. Uma delas protocolada por Varella contra a enfermeira. Outra com autoria da enfermeira contra Varella. “Por isso decidimos esperar esses julgamentos. Caso o vereador tenha culpa, aí então vamos tomar as devidas providências.”

O Presidente também anunciou que vai atualizar o Regimento Interno para acabar com as brechas nessa lei.

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Cristina Esteche

Jornalista

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