22/08/2023
Política Região

Câmara cassa mandato de vereador em Reserva do Iguaçu

Na Câmara, defesa de Claudeir Fidelis (PSB) disse que cassação teve motivo polític já que o vereador era crítico à administração municipal

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Vereador Fidelis perde o mandato (Foto: Reprodução/Youtube)

Após mais de quatro horas de sessão, o vereador Claudeir Fidelis de Carvalho (PSB), teve o mandato cassado em Reserva do Iguaçu. De acordo com o placar, foram seis votos favoráveis à extinção do mandato, e dois contra. O argumento para a cassação tem como base a falta de decoro parlamentar. Quem assume a vaga é o suplente Adir Siqueira.

De acordo com a acusação, Claudeir entrou armado numa das sessões contrariando o que prevê o Regimento Interno da Casa. Ele mantinha um revólver dentro de uma pasta e ao fim da sessão o colocou na cintura. Conforme a acusações essa atitude teria sido para intimidar uma pessoa que estava na sessão. Ocorre que antes, fora da Câmara, o vereador e o esposo de uma servidora da Saúde tinham discutido. O homem teria ido à Câmara para “tirar satisfações” com o vereador. Entretanto, durante depoimento, ele disse que não se sentiu ameaçado.

Conforme o vereador, ele é Policial Militar da reserva. Portanto, tem porte de arma. Ele contou que no dia da discussão, estava sendo seguido por um carro preto. Por isso, foi até a casa dele, pegou uma arma e colocou na pasta. No fim da sessão, a colocou na cintura, motivando o processo de cassação. “Em nenhum momento saquei a arma ou apontei para alguém. Fiz um boletim de ocorrência. Era para minha segurança já que a sessão tinha acabado. Quem me ameaçou de morte estava lá”.

“MOTIVAÇÃO POLÍTICA”

A defesa de Claudeir, classifica a cassação como motivação política. O vereador, segundo o advogado, é o único que critica a administração municipal. Autor de várias denúncias e pedidos de explicações, no entanto, nada foi investigado ou respondido, conforme a defesa. “Por que as denúncias feitas não foram investigadas”?

Ele cita viagens de servidores à praia com carro da Prefeitura; servidora sem habilitação aplicando vacinas; assédio contra paciente. Além de funcionário licenciado recebendo hora extra e insalubridade, entre outras irregularidades. “Em vez de fiscalizarem os vereadores, fez nota de repúdio contra Claudeir”. Por fim, houve a cassação do mandato dele nessa quinta (13).

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Cristina Esteche

Jornalista

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