O Centro de Guarapuava vai estar movimentado nesta manhã de sábado (24) pela luta da comunidade surda. Para marcar o Dia Nacional dos Surdos no Brasil, manifestantes vão promover uma caminhada a partir das 9h30, na Praça 9 de Dezembro.
Desse modo, a caminhada vai percorrer as principais ruas do Centro da cidade, com o objetivo de lutar por temas importantes como acessibilidade, cultura, saúde e educação. Assim, a ação é promovida pela Associação dos Direitos das Surdas e Surdos de Guarapuava (ADISSUG), criada março deste ano em assembleia aberta.
A professora surda Simone Grokóski e o professor surdo José Aramis Barbosa serão presidente e vice-presidente pelos próximos dois anos. Dessa forma, eles estão a frente da associação com todos os demais
integrantes da diretoria que também são surdos. A Adissug tem como lema “Nada sobre nós sem nós”. Isso porque de acordo com a organização, não se pode falar, organizar educação, saúde e tantas outras áreas, sem representantes surdos.
Ainda hoje não há intérprete de Libras na sessão da Câmara de Vereadores de Guarapuava, nas transmissões de avisos importantes para a população, nos espaços públicos, bancos e lojas.
Na história, havia a obrigatoriedade de pessoas com deficiência utilizarem uma faixa azul no braço para identificação, por as considerarem uma raça inferior. Logo depois da guerra, a cor se tornou um marco pelo que eles enfrentaram, por isso agora a comunidade usa o azul como identidade surda, o Setembro Azul.
Conforme as informações, a ressignificação da cor azul ficou marcada na Cerimônia da Fita Azul em 1999. O encontro lembrava os surdos que acabaram vítimas da opressão.
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