Campanha ajuda guarapuavano a recuperar caminhão roubado em SP

Por Caio Budel

O caminhão de um guarapuavano roubado em São Paulo foi recuperado após uma grande campanha de divulgação no Facebook realizada no final de maio por blogs da cidade. Trabalhando há 25 anos como caminhoneiro, Claudinei Schupchek, conhecido como Pollako, teve o caminhão assaltado em um sinaleiro da capital paulista, pouco depois de realizar um carregamento no dia 20 de maio.

De acordo com Claudinei, inicialmente, os assaltantes só queriam a carga do caminhão. “Eles me colocaram em um carro e me levaram para todos os lugares em São Paulo enquanto um pessoal pegava a carga. Desde o início do assalto eles falavam que só queriam a carga e que ia me deixar o caminhão, que era o que eu mais queria”.

Mesmo sob ameaças de morte e pressão dos assaltantes, Claudinei conseguiu manter a calma e não reagir à situação. “Depois de um tempo eles me levaram para um beco e falaram que meu caminhão estava algumas quadras para frente, mas claro que era mentira”.

Com 60 reais no bolso, o guarapuavano voltou para a cidade natal sem esperanças de recuperar o veículo. Contudo, pouco tempo após o roubo, adolescentes amantes de caminhão divulgaram a imagem do veículo de Claudinei no Facebook avisando que ele tinha sido roubado. De acordo com ele, em menos de 24 horas, já começou a receber ligações de pessoas que tinham visto o veículo em São Paulo. “Eu nem acreditei. A chance de você conseguir recuperar qualquer coisa nessa cidade é mínima”.

Foto: Claudinei Schupchek e família após recuperarem caminhão roubado em São Paulo/Arquivo Pessoal

Depois de duas ligações de pessoas que diziam ter visto o caminhão do guarapuavano em regiões diferentes de São Paulo, Claudinei entrou em contato com amigos no Exército que logo encontraram o caminhão abandonado. “A viagem para buscar o caminhão foi a maior da minha vida, parecia que não ia chegar nunca. Ainda mais pela dúvida de saber se o caminhão que acharam era meu mesmo”.

Para sorte do guarapuavano, o caminhão encontrado era o dele e estava quase intacto. Além da carga, os assaltantes levaram apenas lonas e aparelhos celulares. “São coisas pequenas comparadas ao caminhão que é meu meio de trabalho”.