22/08/2023
Educação

Campo Real se prepara para o Projeto Rondon

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Guarapuava – Professores e alunos da Faculdade Campo Real estarão na cidade de Vila Boa, interior de Goiás, entre os dias 24 de janeiro e 8 de fevereiro, realizando diversas atividades pelo Projeto Rondon. Nesta edição de 2009, 48 universidades de todo Brasil estarão nos municípios mais carentes de Goiás, em conjunto com equipes de militares do 32° GAC de Brasília, Distrito Federal.
De acordo com o coordenador da equipe, professor Alexandre Fernando de Sousa, a presença da Campo Real nesta operação será muito positiva. “A participação é um fator diferencial para a instituição, podendo ser um ponto de apoio para a faculdade desenvolver ações regionalizadas do Projeto Rondon. A meta será capacitar cerca de 500 pessoas, entre professores, agentes de saúde, servidores públicos, jovens e adolescentes”, destaca.
Em Vila Boa, a equipe em conjunto com outra universidade de Minas Gerais, irá ministrar cursos, oficinas e palestras em áreas diversas como sexualidade, leitura e produção de textos, informática básica, trauma, alimentação e nutrição, direitos humanos, cidadania e meio-ambiente.
Vila Boa situa-se a 300 km de Goiânia, com cerca de 3.500 habitantes centrados na produção e corte de cana-de-açúcar, registrando índices consideráveis de doença de Chagas, DST, hanseníase e prostituição. Os universitários ficarão hospedados em uma antiga escola municipal. Nesse mesmo local farão as refeições, lavarão suas roupas e usarão as salas de aula para ministrar os cursos à população.
Desde novembro, a Faculdade Campo Real está se preparando para esta operação, através da seleção e capacitação dos professores e acadêmicos que irão representar Guarapuava. O grupo é constituído pelos cursos de Publicidade e Propaganda, Letras, Direito e Enfermagem, representado pelos professores Alexandre Fernando de Sousa e Iria Marjori Reisdorfer, e os acadêmicos Simone Marcelino Alves, Rafael Aparecido Silva, Danielly Fernandes Pacheco, Shaiana Chaves, Taize Vale Lopes e Rejane Cury Marcondes.

ACIG espanta fantasma da crise

A Associação Comercial e Empresarial de Guarapuava (ACIG) está se mobilizando para combater o pessimismo da crise. Segundo o presidente Valdir Grígolo, se ela existe é preciso enfrentá-la. “Esse é o papel empresarial, incutir o clima de otimismo e que a crise não seja um fator de desânimo, de falta de investimento e contratações por parte dos empresários”, declara.
Essa foi uma das ações iniciadas no começo deste ano, até porque a campanha de Natal não atingiu as expectativas previstas, ou seja, um aumento de 20% a 30% nas vendas. “Os números do comércio no final de ano se mantiveram iguais aos de 2007, o que não é bom sinal. Por isso é que nós precisamos investir agora, num momento mais difícil, para alcançar o êxito lá na frente”, observa Grígolo.

Reflexo da seca: milho com granação incompleta

Produtores de milho de Guarapuava e região estão preocupados com a situação das lavouras. A estiagem prolongada, que atingiu a região no mês de novembro, pode reduzir a produtividade do milho, principalmente nos híbridos super-precoces, que respondem por aproximadamente 25% da área de milho da região. O resultado pode ser visto nas espigas, que apresentam granação incompleta – a ponta da espiga fica sem grãos – em função da seca.
Comparativamente a outras regiões, como a Sudoeste por exemplo, a quebra não é tão expressiva, visto que nessa região muitos produtores sequer irão colher o milho. Segundo o engenheiro agrônomo Rafael Chioquetta, outro fator preocupante diz respeito ao preço do grão. “A queda no preço do milho agrava ainda mais o cenário, e nos leva a crer que esta será uma safra com pouca liquidez para o milho”, define.
Na região de Guarapuava, historicamente, o milho é mais rentável que a soja, pois as produtividades atingidas são bem superiores às demais regiões do estado. “Temos um clima que favorece muito a cultura do milho, com dias quentes e noites amenas”, explica.
A colheita dos híbridos de ciclo mais rápido deve começar no final de fevereiro e início de março. Na quinta-feira, dia de fechamento desta edição, a cotação da saca de milho era de R$ 16, valor considerado baixo se comparado ao custo da lavoura, que ultrapassa R$ 2 mil por hectare.

GRUPO SUPERPÃO
Família coloca a mão na massa e enfrenta crise com investimentos

Receita de sucesso em
85 anos de atividade
empresarial é apostar
nos colaboradores
e valorizar o cliente

A animação e ritmo competitivo dão o tom no cotidiano de um dos maiores grupos empresariais de Guarapuava. Melhoria gradual no atendimento, melhores preços, melhores produtos, visual de destaque são alguns dos itens perseguidos ininterruptamente para cumprir a meta maior: o melhor atendimento e a valorização do cliente.
Foi justamente esse ritmo que deu o tom da Convenção Anual realizada pela Grupo Superpão no domingo (11). A alegria, a descontração, o entusiasmo e uma competição sadia entre os 1.650 colaboradores da empresa, nesse dia representados por 650 colegas de trabalho, traduziram a política administrativa do grupo genuinamente guarapuavano.
Nada poderia ser melhor do que um encontro de resultados para dar início também à programação que vai comemorar em 2009 os 85 anos de criação da empresa.
O Grupo que nasceu pequeno, mas robusto, gerado pelo casal Leonardo e Ester Valente Hyczy, que em 1924 literalmente colocou a mão na massa, cresceu e se solidificou. Os deliciosos biscoitinhos que enriqueceram o café da manhã das famílias da cidade se multiplicaram e foram diversificados, assim como a Panificadora Triunfante, nome que substituiu a pioneira Padaria Ponto Chick – também cresceu e deu origem ao primeiro supermercado da cidade, o Superpão, hoje congregando um grupo empresarial consolidado e que ultrapassa fronteiras com investimentos em Ponta Grossa (duas lojas), União da Vitória, Francisco Beltrão e Caçador (SC).
Empresa familiar, de tradição, cujo crescimento e desenvolvimento a transformaram no Grupo Superpão, hoje composto por 12 lojas varejistas, Centro de Distribuição, mais o Atacado, duas franquias (Bobs e 10 Pastéis) e o Extra Postos de Combustíveis, dá a receita do sucesso, válida até para enfrentar momentos de crise na economia nacional. “Qualquer sucesso se deve ao desempenho de pessoas, à sua capacidade intelectual. Isso leva a empresa na direção que ela deseja. Gerir pessoas significa o envolvimento e o desenvolvimento de todas para que a empresa atinja o seu maior objetivo, que é a satisfação do cliente, nosso bem maior”, afirma o diretor-presidente do Grupo Superpão, empresário Getúlio Valente Hyczy. Ele prestigiou o evento ao lado da esposa Sidney.
É com essa metodologia administrativa que a empresa se prepara para crescer ainda mais. Afinal, numa visão futurista, é em momentos de crise que se pensa em crescimento.
“O tempo é de rigor econômico dentro da própria empresa, sem pensar em demissões, mas em remanejamentos e em melhor desempenho administrativo em todos os setores para conter custos e evitar prejuízos”, antecipa Getúlio Hyczy.
Para o diretor-superintendente do Grupo Superpão, Maurício Hyczy, a crise internacional já tem reflexos na economia brasileira e a preocupação da empresa é encará-la de forma racional. “Uma crise se enfrenta pensando em desenvolvimento e mais do que nunca vamos investir na nossa empresa, nos nossos negócios e em nossos colaboradores, que são o nosso diferencial”, afirmou.
A meta do Grupo Superpão, de acordo com os diretores, é criar uma cultura forte para conquistar novos diferenciais para defender a melhor posição no mercado, tanto atacadista quanto de varejo. “É preciso acreditar que as empresas mais bem preparadas ganham mais espaços. Por isso, investimos no capital humano, em tecnologia, em novos equipamentos, no relacionamento empresa x cliente”, assegura.
A partir disso a empresa se prepara para a abertura de novas filiais em Guarapuava e outros municípios do Paraná, e em outros Estados ainda em 2009.

Capital humano e imagem são os pilares da empresa

Para chegar ao sucesso empresarial em 85 anos de trabalho o Grupo Superpão cresce sob dois pilares: investimentos no capital humano (quadro de colaboradores) e investi-mentos na imagem da empresa.
Na primeira opção, aprender é a palavra-chave a partir do conceito de que o conhecimento passou a ser o recurso mais importante para o sucesso profissional e empresarial. Para isso, é necessário sempre investir na quali-ficação profissional com treinamentos que acontecem durante o próprio período de expediente, portanto, sem prejudicar a empresa e sem sobrecar-regar o colaborador. Para se ter uma idéia desse trabalho, em 2008 foram promovidas 6,3 mil horas de treinamento na empresa, segundo informou o gerente de marketing do Superpão, José Fernando Brecailo Junior.
Para o gerente de marketing , os processos de trabalho estão cada vez mais complexos e exigem profissionais capazes de manter um aprendizado constante, além de deter conhecimentos técnicos e de desenvolver competências como a capacidade de gerar resultados em equipe, comunicação, adap-tabilidade, gestão dos relacionamentos, espírito empreendedor e capacidade de transformar informação em oportunidades. “Esse conjunto é que forma o nosso diferencial”, observa.
O segundo pilar, conforme José Fernando, são os investimentos na imagem da empresa. “Quando se fala em crise a tendência de empresas é cortar investimentos e o setor de marketing é o primeiro a ser atingido. Com a nossa empresa é diferente, pois sempre damos um passo à frente de forma audaciosa para termos o Top of Mind (maior prêmio em homenagem às empresas mais lembradas pelos profissionais que atuam nas áreas de Recursos Humanos) e para ganharmos os louros na hora em que a crise acabar”, diz José Fernando.
ENVOLVIMENTO – Nenhum esforço deve ser poupado quando o assunto diz respeito ao capital humano da empresa, e os colaboradores que participaram da festa de domingo, dia 11, sabem muito bem disso.
Decoração, buffet, show de prêmios que distribuiu 200 brindes, homenagens, som que animou a galera foram alguns dos itens que exigiram 90 dias de trabalho por parte do setor de Recursos Humanos da empresa. “O primeiro passo é escolher a data, o local, o tema neste ano forma os 85 anos do Superpão – , o público”, enumera o gerente de RH, Sergio Barreto.
Segundo ele, o objetivo é promover o congraçamento entre os colaborado-res, representando uma etapa vencida e ao mesmo tempo o início de um novo desafio.

Cristina Esteche

Jornalista

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