Guarapuava – Professores e alunos da Faculdade Campo Real estarão na cidade de Vila Boa, interior de Goiás, entre os dias 24 de janeiro e 8 de fevereiro, realizando diversas atividades pelo Projeto Rondon. Nesta edição de 2009, 48 universidades de todo Brasil estarão nos municípios mais carentes de Goiás, em conjunto com equipes de militares do 32° GAC de Brasília, Distrito Federal.
De acordo com o coordenador da equipe, professor Alexandre Fernando de Sousa, a presença da Campo Real nesta operação será muito positiva. A participação é um fator diferencial para a instituição, podendo ser um ponto de apoio para a faculdade desenvolver ações regionalizadas do Projeto Rondon. A meta será capacitar cerca de 500 pessoas, entre professores, agentes de saúde, servidores públicos, jovens e adolescentes, destaca.
Em Vila Boa, a equipe em conjunto com outra universidade de Minas Gerais, irá ministrar cursos, oficinas e palestras em áreas diversas como sexualidade, leitura e produção de textos, informática básica, trauma, alimentação e nutrição, direitos humanos, cidadania e meio-ambiente.
Vila Boa situa-se a 300 km de Goiânia, com cerca de 3.500 habitantes centrados na produção e corte de cana-de-açúcar, registrando índices consideráveis de doença de Chagas, DST, hanseníase e prostituição. Os universitários ficarão hospedados em uma antiga escola municipal. Nesse mesmo local farão as refeições, lavarão suas roupas e usarão as salas de aula para ministrar os cursos à população.
Desde novembro, a Faculdade Campo Real está se preparando para esta operação, através da seleção e capacitação dos professores e acadêmicos que irão representar Guarapuava. O grupo é constituído pelos cursos de Publicidade e Propaganda, Letras, Direito e Enfermagem, representado pelos professores Alexandre Fernando de Sousa e Iria Marjori Reisdorfer, e os acadêmicos Simone Marcelino Alves, Rafael Aparecido Silva, Danielly Fernandes Pacheco, Shaiana Chaves, Taize Vale Lopes e Rejane Cury Marcondes.
ACIG espanta fantasma da crise
A Associação Comercial e Empresarial de Guarapuava (ACIG) está se mobilizando para combater o pessimismo da crise. Segundo o presidente Valdir Grígolo, se ela existe é preciso enfrentá-la. Esse é o papel empresarial, incutir o clima de otimismo e que a crise não seja um fator de desânimo, de falta de investimento e contratações por parte dos empresários, declara.
Essa foi uma das ações iniciadas no começo deste ano, até porque a campanha de Natal não atingiu as expectativas previstas, ou seja, um aumento de 20% a 30% nas vendas. Os números do comércio no final de ano se mantiveram iguais aos de 2007, o que não é bom sinal. Por isso é que nós precisamos investir agora, num momento mais difícil, para alcançar o êxito lá na frente, observa Grígolo.
Reflexo da seca: milho com granação incompleta
Produtores de milho de Guarapuava e região estão preocupados com a situação das lavouras. A estiagem prolongada, que atingiu a região no mês de novembro, pode reduzir a produtividade do milho, principalmente nos híbridos super-precoces, que respondem por aproximadamente 25% da área de milho da região. O resultado pode ser visto nas espigas, que apresentam granação incompleta – a ponta da espiga fica sem grãos – em função da seca.
Comparativamente a outras regiões, como a Sudoeste por exemplo, a quebra não é tão expressiva, visto que nessa região muitos produtores sequer irão colher o milho. Segundo o engenheiro agrônomo Rafael Chioquetta, outro fator preocupante diz respeito ao preço do grão. A queda no preço do milho agrava ainda mais o cenário, e nos leva a crer que esta será uma safra com pouca liquidez para o milho, define.
Na região de Guarapuava, historicamente, o milho é mais rentável que a soja, pois as produtividades atingidas são bem superiores às demais regiões do estado. Temos um clima que favorece muito a cultura do milho, com dias quentes e noites amenas, explica.
A colheita dos híbridos de ciclo mais rápido deve começar no final de fevereiro e início de março. Na quinta-feira, dia de fechamento desta edição, a cotação da saca de milho era de R$ 16, valor considerado baixo se comparado ao custo da lavoura, que ultrapassa R$ 2 mil por hectare.
GRUPO SUPERPÃO
Família coloca a mão na massa e enfrenta crise com investimentos
Receita de sucesso em
85 anos de atividade
empresarial é apostar
nos colaboradores
e valorizar o cliente
A animação e ritmo competitivo dão o tom no cotidiano de um dos maiores grupos empresariais de Guarapuava. Melhoria gradual no atendimento, melhores preços, melhores produtos, visual de destaque são alguns dos itens perseguidos ininterruptamente para cumprir a meta maior: o melhor atendimento e a valorização do cliente.
Foi justamente esse ritmo que deu o tom da Convenção Anual realizada pela Grupo Superpão no domingo (11). A alegria, a descontração, o entusiasmo e uma competição sadia entre os 1.650 colaboradores da empresa, nesse dia representados por 650 colegas de trabalho, traduziram a política administrativa do grupo genuinamente guarapuavano.
Nada poderia ser melhor do que um encontro de resultados para dar início também à programação que vai comemorar em 2009 os 85 anos de criação da empresa.
O Grupo que nasceu pequeno, mas robusto, gerado pelo casal Leonardo e Ester Valente Hyczy, que em 1924 literalmente colocou a mão na massa, cresceu e se solidificou. Os deliciosos biscoitinhos que enriqueceram o café da manhã das famílias da cidade se multiplicaram e foram diversificados, assim como a Panificadora Triunfante, nome que substituiu a pioneira Padaria Ponto Chick – também cresceu e deu origem ao primeiro supermercado da cidade, o Superpão, hoje congregando um grupo empresarial consolidado e que ultrapassa fronteiras com investimentos em Ponta Grossa (duas lojas), União da Vitória, Francisco Beltrão e Caçador (SC).
Empresa familiar, de tradição, cujo crescimento e desenvolvimento a transformaram no Grupo Superpão, hoje composto por 12 lojas varejistas, Centro de Distribuição, mais o Atacado, duas franquias (Bobs e 10 Pastéis) e o Extra Postos de Combustíveis, dá a receita do sucesso, válida até para enfrentar momentos de crise na economia nacional. Qualquer sucesso se deve ao desempenho de pessoas, à sua capacidade intelectual. Isso leva a empresa na direção que ela deseja. Gerir pessoas significa o envolvimento e o desenvolvimento de todas para que a empresa atinja o seu maior objetivo, que é a satisfação do cliente, nosso bem maior, afirma o diretor-presidente do Grupo Superpão, empresário Getúlio Valente Hyczy. Ele prestigiou o evento ao lado da esposa Sidney.
É com essa metodologia administrativa que a empresa se prepara para crescer ainda mais. Afinal, numa visão futurista, é em momentos de crise que se pensa em crescimento.
O tempo é de rigor econômico dentro da própria empresa, sem pensar em demissões, mas em remanejamentos e em melhor desempenho administrativo em todos os setores para conter custos e evitar prejuízos, antecipa Getúlio Hyczy.
Para o diretor-superintendente do Grupo Superpão, Maurício Hyczy, a crise internacional já tem reflexos na economia brasileira e a preocupação da empresa é encará-la de forma racional. Uma crise se enfrenta pensando em desenvolvimento e mais do que nunca vamos investir na nossa empresa, nos nossos negócios e em nossos colaboradores, que são o nosso diferencial, afirmou.
A meta do Grupo Superpão, de acordo com os diretores, é criar uma cultura forte para conquistar novos diferenciais para defender a melhor posição no mercado, tanto atacadista quanto de varejo. É preciso acreditar que as empresas mais bem preparadas ganham mais espaços. Por isso, investimos no capital humano, em tecnologia, em novos equipamentos, no relacionamento empresa x cliente, assegura.
A partir disso a empresa se prepara para a abertura de novas filiais em Guarapuava e outros municípios do Paraná, e em outros Estados ainda em 2009.
Capital humano e imagem são os pilares da empresa
Para chegar ao sucesso empresarial em 85 anos de trabalho o Grupo Superpão cresce sob dois pilares: investimentos no capital humano (quadro de colaboradores) e investi-mentos na imagem da empresa.
Na primeira opção, aprender é a palavra-chave a partir do conceito de que o conhecimento passou a ser o recurso mais importante para o sucesso profissional e empresarial. Para isso, é necessário sempre investir na quali-ficação profissional com treinamentos que acontecem durante o próprio período de expediente, portanto, sem prejudicar a empresa e sem sobrecar-regar o colaborador. Para se ter uma idéia desse trabalho, em 2008 foram promovidas 6,3 mil horas de treinamento na empresa, segundo informou o gerente de marketing do Superpão, José Fernando Brecailo Junior.
Para o gerente de marketing , os processos de trabalho estão cada vez mais complexos e exigem profissionais capazes de manter um aprendizado constante, além de deter conhecimentos técnicos e de desenvolver competências como a capacidade de gerar resultados em equipe, comunicação, adap-tabilidade, gestão dos relacionamentos, espírito empreendedor e capacidade de transformar informação em oportunidades. Esse conjunto é que forma o nosso diferencial, observa.
O segundo pilar, conforme José Fernando, são os investimentos na imagem da empresa. Quando se fala em crise a tendência de empresas é cortar investimentos e o setor de marketing é o primeiro a ser atingido. Com a nossa empresa é diferente, pois sempre damos um passo à frente de forma audaciosa para termos o Top of Mind (maior prêmio em homenagem às empresas mais lembradas pelos profissionais que atuam nas áreas de Recursos Humanos) e para ganharmos os louros na hora em que a crise acabar, diz José Fernando.
ENVOLVIMENTO – Nenhum esforço deve ser poupado quando o assunto diz respeito ao capital humano da empresa, e os colaboradores que participaram da festa de domingo, dia 11, sabem muito bem disso.
Decoração, buffet, show de prêmios que distribuiu 200 brindes, homenagens, som que animou a galera foram alguns dos itens que exigiram 90 dias de trabalho por parte do setor de Recursos Humanos da empresa. O primeiro passo é escolher a data, o local, o tema neste ano forma os 85 anos do Superpão – , o público, enumera o gerente de RH, Sergio Barreto.
Segundo ele, o objetivo é promover o congraçamento entre os colaborado-res, representando uma etapa vencida e ao mesmo tempo o início de um novo desafio.