22/08/2023
Geral Guarapuava

Cansada da insegurança nas redondezas do Terminal, guarapuavana convoca protesto

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Jonas Laskouski

Guarapuava – A guarapuavana Luzia Lemes Ribeiro Monteiro utiliza o transporte coletivo "todo santo dia" para vir do Jardim Priscila, onde mora, até o Centro de Guarapuava. Ela trabalha na cantina do Banco do Brasil e depois que sai do trabalho, por volta das 16h, ela volta para casa, para cerca de duas horas depois retornar ao Centro, já que é acadêmica de Serviço Social na Faculdade Guairacá.

Luzia conhece bem a rotina do Terminal Estação da Fonte. E a cada ano que passa – lá se vão 11, indo e vindo – ela percebe o aumento da insegurança das pessoas que ali transitam diariamente. "Celular? Não dá mais pra carregar. Tá muito perigoso, tanto dentro como nas redondezas", desabafa Luzia, que é mãe de dois filhos e que também utilizam o Terminal. 

Na última segunda, 20 de fevereiro, um adolescente de 17 anos foi agredido fortemente na cabeça e precisou ser encaminhado para a Urgência. "Minha filha estava lá", conta Luzia. "E não é a primeira vez que isso acontece. Já não tenho certeza se meus filhos vão voltar bem para casa."

Luzia está cansada de relatos como esse. Cansada de ver brigas de adolescentes "que se estapeiam dia sim, dia não" – e os registros estão na internet para quem quiser ver (a RedeSul de Notícias só não noticia por, na maioria das vezes, se tratarem de menores de idade), cansada de ver sempre a mesma turminha mexendo com os usuários. "São sempre os mesmos, e é todo dia. Quando a polícia entra no terminal, eles se escondem no banheiro. E é só ela sair (a polícia), eles continuam ali, mexendo com o povo, arrumando briga com os casaizinhos de namorados. Vejo isso diariamente". Luzia também está cansada de ver gente sendo assaltada. E cansada de "ninguém fazer nada", Luzia resolver 'soltar os bichos' da sua indignação, e convocar pessoas nas redes sociais para juntos fazerem um protesto.

"A gente sabe que a polícia não dá conta de tudo. A empresa é responsável pela manutenção, limpeza e também pela segurança de quem pega ônibus todo dia. Não estamos exigindo nada que não seja nosso direito, e o mínimo que precisamos é mais segurança".

Vários posts foram compartilhados em diversos grupos nas redes sociais, desde os 'brechozinhos' e 'clubes de lulus', e várias pessoas acompanharam com 'ups', apoiando a causa. Luzia convoca essas pessoas para se reunirem em frente ao antigo Superpão da rua Padre Chagas, às 17h dessa quinta feira (02) para então se dirigirem até o Terminal.

"Alguém precisa fazer alguma coisa", finaliza Luzia.

Cristina Esteche

Jornalista

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