22/08/2023


Região Segurança

Cantor de Ponta Grossa é preso na Operação Open Doors

Rick Ribeiro seria um dos hackers da quadrilha, diz MP

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Carro de luxo apreendido em Ponta Grossa (Foto: MP/PR)

Cinco pessoas foram presas na manhã desta segunda feira (17) no Rio de Janeiro e em Ponta Grossa (PR), por envolvimento num esquema que furtou mais de R$ 30 milhões de contas bancárias. Um dos presos é o cantor paranaense Rick Ribeiro, suspeito de ser um dos hackers da quadrilha. Ele teria utilizado o dinheiro para bancar os clipes divulgados em redes sociais e na mídia. Entre os trabalhos mais conhecidos de Rick Ribeiro estão “Copo de Balada” e “Cuida de mim”. Em Ponta Grossa, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu duas pessoas e cumpriu três mandados de busca e apreensão. São computadores, documentos e um veículo de luxo. Os presos ficarão em Ponta Grossa à disposição da Justiça do Rio de Janeiro.

(Foto: Divulgação)

Esta é a segunda fase da Operação Open Doors, que cumpre 43 mandados de prisão e mais de 40 de busca e apreensão em sete estados do país. Ao todo, 237 suspeitos foram denunciados por invasão a conta bancária de correntistas.

ESQUEMA

No Rio de Janeiro, as ações se concentram em Vargem Grande e no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste; e nos municípios de Barra Mansa, Volta Redonda e Angra dos Reis. Mandados estão sendo cumpridos também em São Paulo, Bahia, Ceará, Santa Catarina, Paraná e Pará. Os envolvidos responderão por lavagem de dinheiro, furto qualificado e organização criminosa.

De acordo com as investigações, uma das formas de furto era o envio aleatório de e-mails e mensagens por celular a milhares de pessoas, como se o remetente fosse uma instituição financeira. De acordo com o Ministério Público, as mensagens pediam para que os clientes atualizassem suas senhas clicando em um endereço específico na internet.

Ao clicar nesses endereços, as vítimas eram direcionadas a websites com programas capazes de capturar informações de contas e senhas, que permitiam à quadrilha retirar quantias dessas contas de forma fraudulenta.

Outro golpe do grupo, que causava prejuízos ainda maiores segundo o Ministério Público (chegando a R$ 500 mil em alguns casos), era a ligação telefônica para potenciais vítimas. Os fraudadores se faziam passar por funcionários de bancos para obter dados pessoais. Entre os alvos estavam, inclusive, funcionários do setor financeiro de grandes empresas.

Cristina Esteche

Jornalista

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