O prefeito de Guarapuava, Fernando Carli, afirmou ontem (30), em coletiva à imprensa, que o problema com o atendimento de profissionais no Consórcio Intermunicipal de Saúde (Cisgap), seria culpa dos médicos, que estariam deixando de prestar atendimento. Carli também afirmou que não houve corte no setor de Saúde e que os trabalhos continuam sendo executados normalmente. “Não há corte algum. Aliás, estou gastando mais do que os 15% obrigatórios por Lei. Temos um quadro de funcionários que continua trabalhando, tanto nas unidades de saúde da prefeitura quanto no nosso Consórcio de Saúde [Cisgap]. Temos funcionários, profissionais médicos que estão lá trabalhando. O que pode ter ocorrido é profissionais não quererem mais atender. Daí, não podemos obrigá-los. Mas estamos atendendo a todo o vapor”, acrescentou.
Médicos desmentem
Porém, médicos que foram dispensados pela Prefeitura do atendimento no Cisgap desmentiram as afirmações do prefeito. De acordo com o prefeito, todos os profissionais contratados e que prestavam atendimento no Consórcio foram dispensados. Entre os médicos estão três ortopedistas, três oftalmologistas, um hematologista e neurologistas.
Os médicos apontam ainda que houve dispensa de enfermeiros que atendiam em postos de saúde e profissionais de educação física, que atendiam em projetos ligados à terceira idade.
“Fomos dispensados. É corte nos investimentos no setor de Saúde em Guarapuava. Fomos proibidos de agendar exames e procedimentos. A culpa pelo corte ou redução no atendimento não é dos médicos e dos profissionais, mas sim de quem fez esse corte e dispensou os atendimentos”, desabafou o médico.