22/08/2023
Segurança

Carli Filho: Advogado resume processo e pede a pronúncia do réu

O advogado contratado pela Família Yared como assistente de acusação no caso envolvendo o ex-deputado Fernando Ribas Carli Filho, fez um protesto antes do início da audiência desta terça-feira, na 2° Vara do Tribunal do Júri em Curitiba.

A atitude do criminalista foi uma resposta ao "habeas corpus" concedido pelo Tribunal de Justiça do Paraná e que deu à defesa do ex-deputado mais 30 dias para que apresente suas alegações finais em relação à morte dos jovens Gilmar Rafael Yared e Carlos Murilo de Almeida. Ambos morreram durante acdiente provocado por Carli Filho na madrugada de 7 de maio  de 2009.

O pedido da defesa teve como base o tempo de análise de uma gravação feita a partir do equipamento de um posto de combustíveis próximo ao local do acidente, no bairro Mossunguê, em Curitiba.

O advogado de defesa de Carli Filho, Roberto Brzezinski, alegou que a acusação ficou com as gravações por 40 dias. Como a defesa já analisa o material há 10 dias, o desembargador Telmo Cherem achou por bem conceder o mesmo tempo à defesa. A decisão começa a contar hoje, data de nova audiência do caso.

O juiz da 2.ª Vara do Tribunal do Júri, Daniel Surdi de Avelar, decidiria hoje se Carli Filho será julgado por júri popular ou na Vara de Delitos de Trânsito, mas a definição só deverá ocorrer em 40 dias, já que o juiz tem mais 10 dias após o recebimento das alegações da defesa para proferir a sentença.
No seu pronunciamento desta terça-feira Elias Mattar Assad comentou que se a Justiça precisa de 30 dias para proferir a sentença a Família Yared, por seu intermédio, necessita apenas de 30 segundos para fazer a acusação.

O criminalista se baseou em três fatos que comprovam a culpa do réu:" embriaguês e direção de veículo – provou-se por testemunhas e pelo depoimento do próprio réu; velcoidade altíssima com decolagem sobre o veículos causador do acidente: provou-se pela perícia e também por testemunhas;  resultando em mortes: é inafastável o dolo eventual e o julgamento por júri popular". Após esse resumo do processo, Elias Mattar Assad pediu a proncúncia do réu.

 

 

Cristina Esteche

Jornalista

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