22/08/2023
Segurança

Carli Filho pode fugir para a Itália, alerta advogado de vítimas

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A Primeira Câmara do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJ-PR) deve julgar, nos próximos dias, pedidos do advogado assistente de acusação no caso em que o ex-deputado Luiz Fernando Carli Filho é acusado na morte de dois jovens em um acidente no dia 7 de maio de 2009. Entre os pedidos, o principal é que Carli Filho seja impedido de deixar o País.
Na última quinta-feira (14), a defesa de Carli não conseguiu modificar a decisão do tribunal de Justiça, que determinou que ele seja levado a júri popular. Os advogados devem agora recorrer ao Superior Tribunal de Justiça para tentar impedir o julgamento.
Para o assistente da acusação, o advogado da família Yared, Elias Mattar Assad, a possibilidade do ex-deputado deixar o País existe, por isso pede que ele entregue seu passaporte e que a Polícia Federal seja comunicada da restrição. “Uma das principais preocupações da acusação é que o acusado deixe o País e rume para a Itália pois, com o precedente negativo do caso Cesare Batisti, caso isto venha a ocorrer, aquele País não devolverá nem este nem qualquer outro réu brasileiro”, afirma o advogado.
Assad também pediu ao TJ que o ex-deputado tenha seu direito de dirigir suspenso até o fim do processo, de não mudar de domicílio nem dele se ausentar por mais de oito dias sem comunicar a Justiça, “Tudo sob pena de ser considerado comportamento inconveniente e evasivo do acusado, tendo como conseqüência prisão preventiva, caso viole as determinações da Justiça”, informa.
Carli Filho responde pelas mortes de Gilmar Yared e Carlos Murilo de Almeida, no acidente de 2009. O último julgamento da 1ª Câmara do TJ manteve o júri popular para o caso, mas retirou a acusação de dolo eventual qualificado, o que diminui a pena em caso de condenação.

Cristina Esteche

Jornalista

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