O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) publicou ontem, quarta-feira (20), a decisão do desembargador Ivan Bortoleto que nega os recursos especial e extraordinário propostos pela defesa do ex-deputado Luiz Fernando Ribas Carli Filho ao Supremo Tribunal Federal e ao Superior Tribunal de Justiça, para que o réu não vá a julgamento no Tribunal do Júri de Curitiba. Ele é acusado de provocar a morte de dois jovens em um acidente de trânsito, ao dirigir embriagado em sete de maio de 2009.
O despacho do TJ-PR, de 18 de junho, aceita o recurso do Ministério Público que pede a volta das provas que qualificam o acidente como homicídio. Assim, há possibilidade de que o caso Carli Filho vá a júri popular.
De acordo com o advogado que representa a família de Gilmar Rafael de Souza Yared, uma das vítimas, a decisão foi recebida com “tranquilidade”. “Tínhamos certeza que este caso ruma para o julgamento no Tribunal de Júri. Os recursos propostos pela defesa quer protelar o processo”, comentou.
Ainda de acordo com Mattar Assad, “com a negativa abre uma possibilidade para o julgamento seja pautado para o final deste ano ou para início de 2013”. A defesa acredita que a admissão do recurso do Ministério Público, Tribunais Superiores podem agravar a situação do réu para homicídio qualificado.
O ex-deputado é responsabilizado pelo acidente que matou os jovens Gilmar Yared, de 26 anos, e Carlos Murilo de Almeida, de 20. Segundo exame etílico, o ex-deputado estava embriagado e também em alta velocidade. O laudo do Instituto de Criminalística apontou que ele dirigia a uma velocidade entre 161 e 173 km/h.
Com informações de G1.