Carneiro muda de lado e consegue buscar a presidência da Câmara

A semana que antecede a eleição da Mesa Executiva da Câmara em Guarapuava traz o vereador Marcio Carneiro como candidato pela bancada de apoio ao prefeito eleito Denilson Baitala. A escolha ocorreu pela “experiência” política de Carneiro na Câmara. A trajetória recente de Carneiro, entretanto, evidencia uma mudança política significativa e repleta de controvérsias.

Após a derrota do ex-prefeito Celso Góes (CD), o vereador que é líder dele na Câmara, se reposicionou, passando a integrar a nova base governamental. Esse realinhamento estratégico levanta dúvidas sobre a coerência ideológica, ao mesmo tempo que reforça uma imagem de pragmatismo político.

De acordo com o vereador eleito Rodrigo, a candidatura de Carneiro à presidência da Câmara foi justificada pela “experiência parlamentar”. Entretanto, essa justificativa merece uma análise mais criteriosa. Embora a longa atuação na Câmara seja inegável, ela parece mais associada a práticas políticas oportunistas do que à construção de uma liderança ética e experiente.

Exemplos como a postura dele em votações polêmicas, como a retirada do ‘cheque em branco’ do Executivo e a extinção de cargos comissionados, que ‘derrotaram’ a própria bancada de Baitala, apontam para uma postura de comandado em vez de líder. Mesmo que isso, apesar da propalada ‘experiêcia’, seja prejudicial ao prefeito que passa a servir. Como foi o caso.

Com a definição do nome de Carneiro, a disputa pela presidência da Câmara tem elevado o tom das articulações. Fontes ligadas ao grupo do deputado Artagão Júnior (PSD) indicam que os esforços para influenciar vereadores que apoiam a reeleição de Pedro Moraes têm se intensificado. Conversas diretas e negociações políticas estão sendo conduzidas por Artagão, Baitala e pelo próprio Carneiro, conforme confessou a fonte.

RESUMINDO

Em síntese, a candidatura de Carneiro parece refletir mais um desejo pessoal de consolidar poder do que um compromisso genuíno com uma gestão eficiente ou com os interesses da população. A postura flexível e oportunista coloca em evidência preocupações com a ética política, ameaçando a credibilidade das instituições e comprometendo os valores que deveriam sustentar o Legislativo.

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