22/08/2023
Guarapuava Política

Casa da Mulher Brasileira vai ter o nome de Tatiane Spitzner

Tatiane foi assassinada pelo então esposo Luis Felipe Manvailer e se tornou um símbolo da luta contra a violência feminina

Tatiane Spitzner (Foto: Divulgação)

A luta contra a violência da mulher em Guarapuava imortaliza o nome da advogada Tatiane Spitzner. Assassinada pelo então esposo Luis Felipe Manvailer em 22 de julho de 2018, Tatiane se tornou um símbolo da luta contra, principalmente, o feminicídio. E agora, a partir da aprovação do projeto apresentado pelo Presidente da Câmara, a ‘Casa da Mulher Brasileira’ vai ter o nome de Tatiane. A aprovação ocorreu na sessão desta segunda (10), com aprovação unânime dos vereadores.

De acordo com o programa do Governo Federal, a Casa da Mulher Brasileira é um dos eixos do ‘Programa Mulher Viver sem Violência’, retomado pelo Ministério das Mulheres em março de 2023.

Considerada uma inovação no atendimento humanizado às mulheres, a CBM integra, no mesmo espaço, serviços especializados para os mais diversos tipos de violência contra as mulheres. Ou seja: acolhimento e triagem; apoio psicossocial; delegacia; Juizado; Ministério Público; Defensoria Pública; promoção de autonomia econômica; cuidado das crianças – brinquedoteca; alojamento de passagem e central de transportes.

A Casa facilita o acesso aos serviços especializados para garantir condições de enfrentamento à violência, o empoderamento da mulher e a autonomia econômica. Em Guarapuava, a unidade está sendo construída na Praça Padre Paulo, em frente à Matriz Santa Terezinha.

O ASSASSINATO DE TATIANE

Tatiane Spitzner foi vítima da crueldade do então esposo Luis Felipe Manvailer. Era a madrugada de 22 de julho de 2018, após saírem de uma balada, que a violência se intensificou. De acordo com o processo, a discussão começou ainda quando estavam no bar. Em seguida, as agressões que, conforme depoimentos, se repetiam há anos, se intensificaram. Até que a advogada foi atirada do apartamento onde o casal morava. Conforme o laudo da perícia, a causa da morte foi asfixia mecânica.

Luis Felipe Manvailer foi condenado a 31 anos, 9 meses e 18 dias de prisão pelo homicídio qualificado da esposa. O júri popular chegou ao fim na noite de 10 de maio de 2021, após sete dias de julgamento.

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Cristina Esteche

Jornalista

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