* Por Rogério Thomas
Hoje (07) completam seis anos do acidente em que o ex deputado estadual Carli Filho causou um acidente em que morreram dois jovens em Curitiba.
De acordo com a denúncia oferecida à Justiça pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), Carli Filho estava alcoolizado e trafegava em alta velocidade. Um laudo do Instituto de Criminalística apontou que o carro dirigido pelo ex-deputado estava entre 161 e 173 quilômetros por hora no momento da colisão com o automóvel em que estavam as vítimas. No ano passado, por unanimidade de votos o TJ-PR decidiu que o teste de alcoolemia de Carli Filho não terá validade. O exame, que teria registrado 7,8 decigramas de álcool, foi realizado sem o consentimento do acusado enquanto ele estava inconsciente no Hospital Evangélico, com amostras de sangue colhidas judicialmente do laboratório da instituição de saúde.
JURI POPULAR
O caso Carli Filho se arrasta na Justiça desde 2009. Em abril deste ano, o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) negou seguimento do recurso interposto pela defesa do ex-deputado estadual para que o caso fosse julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A defesa ainda pode recorrer pelo instrumento de agravo. A defesa de Carli Filho já afirmou que vai recorrer, porque não concorda que esse seja um caso para júri popular.
Com a decisão, assinada pelo desembargador Renato Braga Bettega, Carli Filho pode ir a júri popular ainda em 2015 – conforme já havia sido decidido pelo TJ anteriormente. Em 2012, o TJ-PR já havia negado recurso da defesa do ex-deputado estadual, que pedia que o caso fosse julgado como duplo homicídio culposo (quando não há intenção de matar). Isso evitaria que o ex-deputado fosse submetido a júri popular.