Guarapuava – O promotor de Justiça Rodrigo Chemim (foto) afirmou que o deputado Fernando Carli Filho dirigia em alta velocidade e estava embriagado na madrugada do dia 7 quando provocou o acidente que matou dois jovens no Bairro Mossunguê em Curitiba.
No acidente que aconteceu no último dia 7 de maio, em Curitiba, morreram Gilmar Rafael Souza Yared, de 26 anos, e Carlos Murilo de Almeida, de 20.
A afirmação do promotor que foi designado pelo Ministério Público para acompanhar as investigações está embasada em depoimentos de testemunhas e provas materiais colhidas no local do acidente. Até quarta-feira 9 testemunhas tinham sido ouvidas.
Ele disse também que imagens das câmeras de segurança de um posto de gasolina registraram o momento em que o carro do deputado se chocou com o Honda Fit no qual estavam os dois rapazes que morreram , que vinha em baixa velocidade após fazer uma curva. A gravação descarta qualquer possibilidade de que um racha estivesse sendo disputado como foi especulado nos dias após a tragédia.
Há informações prestadas por garçons que atenderam Carli e o seu tio o também deputado Plauto Miró (DEM) que durante o jantar foram servidas 4 garrafas de vinho na mesa em que ambos estavam. Após ter jantado, o deputado se reuniu com amigos em outra mesa e já apresentava sinais de estar bêbado. Policiais militares que atenderam o acidente e o relatório emitido pelo Siate também apontam a embriaguez do deputado.
O depoimento de duas testemunhas – Uma mulher que mora na região onde o acidente ocorreu e o motorista de um carro que vinha logo atrás do Honda Fit viram o acidente e disseram que Carli Filho estava em alta velocidade. O homem também confirmou a informação de que o Passat conduzido por Carli Filho voou antes de bater no Honda Fit. As imagens do posto de gasolina são de baixa qualidade para termos detalhes da batida, informou o promotor. Mas todas as evidências deixam claro que o deputado estava embriagado e dirigindo em velocidade excessiva.
Segundo o promotor, a perícia disse que velocímetro do carro conduzido pelo deputado estava zerado, contrariando informações de testemunhas de que o velocímetro tinha travado na velocidade de 190 km/hora.
Ainda não há prazo para a conclusão do caso. O inquérito, segundo Chemim, está em estágio avançado, mas novas testemunhas serão ouvidas e novos documentos serão anexados ao processo entre os quais, o laudo do Instituto de Criminalística, que deve ficar pronto em até 20 dias. Ainda não podemos fazer nenhum juízo de valor definitivo, mas não há dúvida de que se trata de um crime grave, uma verdadeira tragédia.
Até ontem, 14, segundo o promotor nenhum advogado tinha se apresentado em nome de Ribas Carli. Há informações de pessoas ligadas à família de que dois nomes de conceituados advogados paranaenses estão sendo avaliados para o caso.
Com informações do jornal Gazeta do Povo
Foto: Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo