22/08/2023
Brasil Cotidiano

Caso Marielle Franco segue indefinido após cinco anos do assassinato

Houve a prisão Élcio de Queiroz e Ronnie Lessa no Rio de Janeiro. Mas quatro anos depois, eles continuam presos, sem passar pelo julgamento

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Houve a prisão Élcio de Queiroz e Ronnie Lessa no Rio de Janeiro. Mas quatro anos depois, eles continuam presos, sem passar pelo julgamento (Foto: Arquivo/Guilherme Cunha)

O assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes completa cinco anos nesta terça (14). No entanto, o caso ainda segue sem resposta sobre o mandante do crime. As investigações levaram à prisão de dois executores: o policial militar reformado Ronnie Lessa, por ter atirado na vereadora. Assim como, o motorista e ex-policial militar Elcio de Queiroz. Mesmo assim, os motivos e os líderes do atentado permanecem desconhecidos.

De acordo com as informações, a Polícia Civil teve cinco delegados responsáveis pelo caso na Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro. No Ministério Público Estadual, três equipes diferentes atuaram no caso durante esses anos. A última mudança aconteceu há 10 dias, quando o procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos, escolheu sete novos promotores para integrar a força-tarefa. A operação agora é coordenada por Luciano Lessa, chefe do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

O novo comando do MPRJ disse estar comprometido em “não chegar a uma conclusão açodada, divorciada da realidade, mas de realizar um trabalho técnico e sério, voltado para identificar todos os envolvidos”. Sobre os mandantes e o motivo dos assassinatos, afirma que as dificuldades são maiores. Isso porque, ele acredita que por ser “um crime onde os executores são profissionais, que foram policiais militares, que sabem como se investiga”.

PRISÕES

O avanço mais consistente no caso aconteceu em março de 2019, quando houve a prisão de Élcio de Queiroz e Ronnie Lessa no Rio de Janeiro. O primeiro recebeu acusação de ter atirado em Marielle e Anderson. Já o segundo, de dirigir o carro usado no assassinato. Mas quatro anos depois, eles continuam presos, ainda sem passar pelo julgamento.

Além disso, o Tribunal de Justiça do Rio informou que espera “o cumprimento de diligências requeridas pela promotoria e pela defesa para que seja marcada a data do julgamento”.

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

Em fevereiro desse ano, o ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou que a Polícia Federal (PF) abrisse um inquérito paralelo para auxiliar as autoridades fluminenses. Nessa terça (13), o ministro disse que o caso é uma prioridade da corporação e que pretende identificar todos os envolvidos.

O que posso afirmar é que o trabalho está evoluindo bem. Mas é claro que, sobre o resultado, teremos nos próximos meses a apresentação dos investigadores daquilo que foi possível alcançar. Não é possível nesse momento fixar prazos, nem que momento isso finalizará. Mas eu posso afirmar que há prioridade, há uma equipe dedicada na Polícia Federal só para isso e eu tenho, sim, a expectativa e a esperança, que é de todos nós, que a PF vai ajudar a esclarecer definitivamente esse crime.

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Vallery Nascimento

Jornalista

Jornalista formada desde 2022 pelo Centro Universitário Internacional - Uninter. Além do amor pela comunicação, ela também é graduada em Letras com habilitação em inglês. Apresenta o Giro RSN de segunda a sexta, às 18h nas redes sociais do Portal RSN.

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