Caso Robson: Delegada diz que piso do ginásio pode ter sofrido desgaste

Guarapuava – Duas vistorias técnicas por peritos de Guarapuava já foram realizadas na quadra do Ginásio de Esportes Professor Joaquim Prestes, o Joaquinzão. A última coleta de materais foi feita no inicio da tarde desta segunda-feira (8), segundo informou a delegada Maria Niza Nanni (foto).

"Temos notícias de que o ginásio passou por reforma há quatro anos. Então, o material (piso) pode ter sofrido desgaste", observou.
Um perito de Curitiba deve assumir a perícia nas próximas horas e ver o que poderia ter gerado o acidente que matou o jogador Robson Costa durante o jogo entre o Deportivo de Guarapuava e o Palmeiras/Jundiái na noite de sábado (6). Um pedaço do piso considerado pela Secretaria Municipal de Esportes como de padrão internacional se soltou e feriu o atleta ao ponto de perfurar artérias e intestino. Após cirurgia que durou quatro horas o jovem sofreu hemorragia e morreu.

A delegada confrmou à Rede Sul de Notícias na tarde desta segunda-feira (8) que será difícil responsabilizar alguém pela morte do atleta.

De acordo com a policial, não há nexo causal entre a conduta de alguém para um resultado criminoso. "A situação evidencia que se tratou de um acidente. Ninguém preparou o local para que o acidente acontecesse, por isso não pode existir crime", explicou a delegada. Ela lembra que outros jogos já foram realizados no Joaquinzão e que há treinos constantes sem que houvesse qualquer acidente.

De acordo com a delegada, o "carrinho", dado por Robinson e que gerou a saída de um pedaço do piso e que o feriu é uma prática comum entre os jogadores de futebol de salão. "Eles vão escorregando pelo chão e isso pode levantar o piso", afirmou.

Maria Niza Moreira Nanni disse também que existem normas de vistorias. "Estamos pesquisando junto a ABNT para ver o ginásio exige ou não uma vistoria rigorosa antes de qualquer atividade".