Caso Tatiane: apenas testemunhas de defesa falam em audiência em Curitiba

Das nove pessoas esperadas para falarem à juíza Letícia Pacheco Lustosa nessa sexta feira (25), na audiência ocorrida no 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Curitiba, apenas quatro foram ouvidas. Todas elas foram indicadas pela defesa do réu Luís Felipe Manvailer, acusado pelo feminicídio de sua então esposa, a advogada guarapuavana Tatiane Spitzner, ocorrido em 22 de julho de 2018. Ele está preso na Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG) há mais de seis meses.

Relembre
Investigação sobre morte de Tatiane terá novas audiências em Curitiba nesta sexta (25)

Na tarde de ontem, o irmão e amigos próximos do acusado deram seus depoimentos. Segundo nota enviada pelo advogado auxiliar de acusação Gustavo Britta Scandelari, “não foi relatado nada de novo. Chamou a atenção da família da vítima, porém, o fato de que nem os familiares e nem os amigos do réu, mesmo tendo vários contatos com ele após o feminicídio, quiseram saber detalhes do crime. Não perguntaram a razão das agressões brutais filmadas, tampouco como se deu a dinâmica dos fatos dentro do apartamento”, diz trecho da nota.

Na audiência na capital, a defesa dispensou seus dois assistentes técnicos, a acusação dispensou uma testemunha amiga da vítima Tatiane e a assistência de acusação dispensou seus dois assistentes técnicos. Ainda segundo a nota enviada pelo advogado assistente de acusação, todas essas pessoas ainda poderão ser ouvidas perante o plenário do Júri, quando ocorrer.

“Nós dispensamos para abreviar o processo nesta fase, pois já há provas suficientes para o caso ir a júri. Quando for a júri, nossos assistentes técnicos poderão ser ouvidos lá”, diz a nota. Para Gustavo, “o próximo passo será o interrogatório do acusado a ser designado pela Juíza de Guarapuava”.

O Portal RSN entrou em contato com a assessoria dos advogados de defesa de Luís Felipe Manvailer, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.