Guarapuava Segurança

Caso Tatiane: apesar de simulações, laudo do IML que deve indicar causas da morte

Autoridades estiveram, na noite desta sexta feira (27), simulando a queda da advogada. Ela faleceu no último dia 22, em Guarapuava

Por Cristina Esteche
27/07/2018

Operação desta sexta (27) deveria ter acabado às 21h, mas foi estendida (Foto: Caio Budel/RSN)

A Polícia Civil, Polícia Científica, Instituto de Criminalística e outras autoridades realizaram nesta sexta feira (27) o exame pericial da dinâmica de queda da advogada Tatiane Spitzner, de 29 anos, que faleceu no último domingo (22) após cair do 4º andar do prédio onde morava com marido, Luís Felipe Manvailer, no Centro de Guarapuava. As simulações começaram às 19h, mas desde o período da tarde já havia movimentação da polícia no apartamento onde o possível crime ocorreu. A operação desta sexta não foi considerada uma reconstituição porque Luís Felipe, que está preso preventivamente na Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG), não participou do ato. A rua do prédio foi fechada para a operação.

Até 21h40 desta sexta, pelo menos três simulações já tinham ocorrido. A operação utilizou um boneco com o mesmo peso e altura de Tatiane para simular a queda diversas vezes, de ângulos e possibilidades diferentes. Mesmo assim, de acordo com membros da operação que estavam no prédio hoje (27), apenas o laudo do Instituto Médico Legal (IML) que deverá indicar as causas reais da morte de Tatiane.

A partir das simulações realizadas em Guarapuava nesta sexta (27), um laudo do Instituto de Criminalística será emitido para integrar as investigações sobre o caso. No momento, a polícia trabalha com a hipótese de feminicídio e, também, de suicídio. Esta segunda possibilidade foi mencionada em depoimento por Manvailer à polícia. O pai de Tatiane nega a possibilidade da filha ter pulado do prédio.

Na linha de investigação sobre feminicídio, a polícia considera, também, a possibilidade de Luís Felipe ter matado a esposa por asfixia e, em seguida, ter jogado o corpo da advogada do 4º andar.

Nesta semana, em entrevista ao Portal RSN, o delegado responsável pela Delegacia da Mulher de Guarapuava, Bruno Miranda, informou que o inquérito sobre o caso deveria ser fechado no dia 31 deste mês, mas pela complexidade da situação, há a possibilidade de que o prazo de fechamento seja prorrogado.

A polícia não divulgou, ainda, qual o prazo para o Instituto de Criminalística divulgar os laudos sobre as simulações realizadas nesta sexta (27).