22/08/2023
Guarapuava Região Segurança

Caso Tatiane: irmão de Manvailer pode prestar depoimento nesta segunda (30)

Além do irmão, advogados da defesa do professor universitário também estarão no terceiro planalto

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André Manvailer, irmão do professor universitário Luís Felipe Manvailer, suspeito de feminicídio contra sua esposa, a advogada Tatiane Spitzner, ocorrido em 22 de julho, em Guarapuava, se apresentará na 14ª Subdivisão Policial (SDP) nesta segunda feira (30). Além dele, os profissionais que respondem pela defesa do professor também são esperados.

Atualmente, Luís Felipe Manvailer está preso na Penitenciária Industrial de Guarapuava (Foto: Divulgação)

De acordo com a nota enviada pela defesa de Luís Felipe ao Portal RSN, a vinda dos advogados Adriano Bretas e Caio Fortes de Matheus, e do irmão do professor, André Manvailer, justifica-se por ocorrência de uma série de compromissos marcados referentes ao caso que investiga a morte da advogada.

Segundo o advogado Adriano Bretas, a ideia é de que André Manvailer de uma declaração a autoridade policial ainda hoje.

“Estamos diante de um caso muito delicado, precisamos ter cautela, prudência na condução dos fatos. Estamos levando ele junto, ele quer falar, ele quer ajudar nas investigações”, declarou.

O CASO

Tatiane Spitzner morreu no último dia 22, após sofrer uma queda do 4º andar do prédio onde residia, na região central de Guarapuava. A advogada era casada com Luís Felipe Manvailer, há cinco anos, com quem dividia o apartamento. Na madrugada do ocorrido, Tatiane e o marido discutiam no apartamento. Segundo o professor universitário, a advogada teria se jogado da sacada do apartamento, durante a briga do casal.

Tatiane Spitzner, 29 anos (Foto: reprodução Facebook)

Após a queda de Tatiane, câmeras de segurança do prédio mostram Luís Felipe recolhendo o corpo de sua esposa em via pública e arrastando-o até o apartamento do casal. Na sequência, ele tranca o imóvel e foge com o veículo da advogada até a cidade de São Miguel do Iguaçu, região Oeste do Estado, há cerca de 300 km de Guarapuava, onde foi preso pela polícia local. A suspeita é que o destino de Manvailer fosse o país vizinho, Paraguai. A prisão preventiva ocorreu considerando a suspeita de feminicídio e furto de veículo.

Na semana seguinte ao fato, vizinhos do casal deram depoimentos à equipe de investigação na 14ª Subdivisão Policial de Guarapuava. Segundo informações repassadas pela Polícia, os moradores ouviram gritos e pedidos de socorro de Tatiane, durante a discussão do casal na madrugada. A advogada foi vista ainda debruçada sobre a sacada, em prantos. Quando moradores do prédio buscaram contato com a Polícia, ouviram o barulho da queda.

Durante as investigações, a equipe da 14ª Subdivisão Policial de Guarapuava solicitou ao Instituto Médico Legal (IML) do terceiro planalto a realização de exames específicos que devem confirmar ou não a morte de Tatiane Spitzner por asfixia. Em uma das linhas de investigação da PC, a advogada guarapuavana teria sido morta antes mesmo de sofrer a queda da sacada do 4º andar do apartamento onde residia com Luís Felipe Manvailer.

Na última sexta feira (27), simulações de queda também foram realizadas no prédio, para ajudar a equipe de investigação. O prazo final para conclusão do inquérito sobre a morte de Tatiane está previsto para esta terça feira (31). Informações extraoficiais indicam que o caso deve ser prorrogado, considerando a espera pelo resultado dos laudos solicitados.

Leia também: 
Caso Tatiane: apesar de simulações, laudo do IML que deve indicar causas da morte

FAMÍLIA DE TATIANE SPITZNER

Na noite desse domingo (29), a família de Tatiane deu sua primeira entrevista a um veículo de imprensa desde o ocorrido. Ao Fantástico, os pais e a irmã da advogada relataram que ela já havia manifestado interesse pelo divórcio e que Luís Felipe não concordava com o término do relacionamento. Em choque, a família pede pela elucidação do caso.

FAMÍLIA DE LUÍS FELIPE MANVAILER

À mesma equipe de imprensa, André Manvailer e um amigo de Luís Felipe também falaram sobre a relação do casal. Para ambos, o professor e a advogada viviam felizes e tinham planos em conjunto. Ainda segundo o irmão do suspeito, não era de conhecimento da família Manvailer a vontade de separação de Tatiane.

Cristina Esteche

Jornalista

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