A Câmara Municipal de Guarapuava promete muita tensão nas sessões da próxima semana. A principal pauta será o pedido de cassação do mandato do vereador Celso Costa (Cidadania). De acordo com o presidente da Mesa Executiva, João Napoleão (Podemos), ele vai ler o ofício encaminhado pelo Ministério Público. Nele o promotor Eduardo Garcia Branco cobra providências sobre o caso que já transitou em julgado. “O MP chamou a Mesa de inerte e nos cobrou uma posição prevista na Lei Orgânica”.
Conforme João Napoleão, na sessão de terça (29) ele vai colocar em votação a cassação do mandato de Celso Costa. De acordo com o histórico que levou a esse extremo, o vereador está envolvido no caso que ficou conhecido como ‘Fura-Fila’. Junto com eles outro vereador, um ex-vereador e mais quatro
pessoas responderam judicialmente.
Segundo as acusações, eles favoreciam pacientes na fila do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o Ministério Público, o grupo usava a influência dos cargos para ‘furar a fila’ de espera de consultas de especialidades médicas pelo SUS.
Entretanto, o julgamento de Celso Costa ocorreu à revelia e já transitou em julgado. O comunicado à Câmara já ocorreu em 28 de março deste ano pelo MP. Mas o Legislativo até agora não se pronunciou oficialmente sobre o caso. E é “inércia” que está sendo cobrada pelo MP. O Portal RSN tentou contato com o vereador, porém, sem retorno.
VOLTA DE MELHEM
A semana marca também o retorno do suplente Elcio Melhem (Podemos). Ele havia ‘perdido’ a vaga quando Pablo Almeida, secretário de Educação, assumiu a vaga para votar na eleição da nova Mesa Executiva. Com o retorno de Pablo à Educação,fato que ocorreu nessa quarta (22), Melhem reassume. E o veterano, que está no 10º mandato como vereador, ‘patrocina’ uma expectativa. Como líder da bancada governista, a pergunta paira sobre ele vai orientar a bancada em relação à votação.
De acordo com João Napoleão, os vereadores podem cassar ou não o mandato do vereador. “Mas essa é uma iniciativa política. Agora judicialmente o juiz pode extinguir o mandato do vereador. Eu vejo que não tem saída”. No caso de possível perda de mandato, quem assume a vaga que pode ser aberta é a suplente Rosângela Virmond. Se isso ocorrer ela será a quinta vereadora na bancada feminina.
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