O processo eleitoral deste ano, principalmente no Paraná, mostra que cada vez mais os partidos políticos, valem menos. Falar em ideologia partidária é encontrar eco em alguns sobreviventes apaixonados, sem exceção. Os partidos possuem estatutos por mera formalidade, pois não são cumpridos; os ideais e programas partidários são esquecidos e a única coisa que sempre é lembrada é o fisiologismo.
Os partidos possuem estatutos por mera formalidade, pois não são cumpridos, os ideais e programas partidários são esquecidos e a única coisa que não é esquecida é o fisiologismo.
O cenário político paranaense, a se avaliar pelas convenções, se apresenta fragmentado. O PMDB, por exemplo, apoiou a candidatura própria e escolheu o senador Roberto Requião, num processo em que 11 dos 13 deputados estaduais defendiam a coligação com o PSDB. Portanto, embora digam que o partido vai se unir, como um todo, em torno de Requião, sabe-se que não é verdade. Deputados já declararam publicamente que farão a sua própria campanha e nada mais.
No PDT não é diferente. Se a maioria da cúpula optou pelo apoio a Gleisi Hoffmann, indicando o candidato a vice na chapa majoritária, o prefeito de Cascavel Edgar Bueno e filho deputado, André Bueno – este indicado na convenção para ser o vice na chapa petistas – estão com Beto Richa. Aliás, os pedetistas ainda não entraram em consenso com o PT nos nomes indicados. O PDT quer a vaga para o Senado e aponta o vereador curitibano Jorge Bernardi e não concorda com Haroldo Ferreira para ser o vice.
Estes são exemplos dos partidos maiores, mas o mesmo acontece em outras siglas partidárias. Nesse processo quem sai ganhando é o governador Beto Richa que atrai para si o apoio dos dissidentes. Coisas da política!