22/08/2023
Política

Centrais Sindicais prometem luta contra a prisão de Lula

PM reforçou o efetivo em frente a sede da Superintendência da PF com medo de ocupação

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No final da manhã cerca cinco mil pessoas foram ao acampamento (Ricardo Stuckert)

A Polícia Militar reforçou o efetivo em frente a sede da Superintendência da Polícia Federal, onde está preso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Há grande número de policiais, inclusive, na porta da PF. De acordo com o porta-voz da PM, Rafael Bittencourt, o interdito proibitório instalado desde 7 de abril, dia da prisão de Lula, impede que manifestantes se aproximem da sede da PF. Porém, diariamente, milhares de pessoas dão o bom dia ao Lula. Nesta terça feira 91), cerca de duas mil pessoas, segundo a PM, repetiram o ato que já se tornou tradicional, nas primeiras horas da manhã. Esse número deve atingir 30 mil pessoas na Praça Santos Andrade, a partir das 13h de hoje.

Segundo o policial, que concedeu entrevista coletiva, a mobilização está tranquila, mas a polícia está preparada para qualquer ocorrência pontual que possa haver no decorrer do dia. A PM teme a ocupação da sede da PF.

Organizada por oito centrais sindicais, que consideram o momento histórico por estar sendo um movimento unificado, a mobilização tem temas pontuais, como o protesto contra a reforma trabalhista que na visão dos sindicalistas retira direitos dos trabalhadores; o ataque à democracia e, principalmente, a prisão de Lula. “Vamos intensificar os protestos. Vai haver luta”, disse o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Roberto Bagio.

“Temos mais de 13 milhões de desempregados no país e isso não pode passar em branco. Atacam nossos direitos; prende Lula injustamente”, disse a vice presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Carmem Foro.

“Os tiros disparados contra o Instituto Lula, contra a caravana e contra o acampamento e que ainda não foram investigados não nos intimidam”, observa o coordenador nacional dos Movimentos Populares, Raimundo Bonfim.

Depois dessas atividades no acampamento Lula Livre, nesta manhã, no entorno da PF, trabalhadores e militantes de movimentos sociais se deslocaram para a Praça Santos Andrade (UFPR), no centro da capital paranaense, onde haverá um ato unificado com as centrais sindicais pela liberdade de Lula, pela democracia e pelo trabalho. Artistas como Maria Gadú, Beth Carvalhos e outros animam a concentração.

Cristina Esteche

Jornalista

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