Guarapuava – Algumas irregularidades estão aterrissadas no Aeroporto Municipal Tancredo Tomaz de Faria, e colocam em risco a segurança, principalmente na pista onde aeronaves pousam e decolam diariamente.
A denúncia foi feita por um usuário do aeroporto e confirmada com a administração e com a gerência da NHT, empresa que opera voos comerciais em Guarapuava.
Segundo as informações recebidas, o alambrado que circunda o aeroporto está danificado, facilitando a entrada de pessoas não autorizadas e de animais na pista. O aeroporto ainda não foi interditado porque ainda não houve nenhuma denúncia ou vistoria da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), observa a mensagem encaminhada à TRIBUNA/REDE SUL DE NOTÍCIAS na manhã de quinta-feira, dia 23.
Realmente, o alambrado está danificado, mas tenho cobrado bastante da Prefeitura e sei que estão providenciando a licitação, diz o gerente da NHT, Solmir Consalter.
Para o administrador do Aeroporto Municipal, Fernando Brustolin, a Prefeitura não tem cacife e nem a obrigação de investir no aeroporto já que a ANAC prevê um fundo de investimento externo sob a responsabilidade dos governos estadual ou federal.
Mas Brustolin diz que Guarapuava já foi incluída no Programa Federal de Auxílio aos Aeroportos e já recebeu recursos para a ampliação da pista, para a implantação de farol rotativo; obras que já foram executadas.
Na questão do alambrado danificado, Brustolin confirma e diz que esse problema foi herdado de administrações anteriores. Ele lembra que em 2003 o aeroporto foi furtado e ficou sem o sistema de balizamento, ou seja, as lampadazinhas existentes em torno da pista e que orientam os voos noturnos. Alguns pontos da cerca também foram furtados, diz.
Com 12 mil metros quadrados de área, na avaliação do administrador, torna-se inviável fiscalizar o aero-porto. Apenas uma pessoa faz a segu-rança do local. Se não existir um pro-grama efetivo e mais a fundo não é possível fiscalizar tudo, afirma.
Ao mesmo tempo, Brustolin diz que a recuperação do alambrado está na ponta da agulha e que já passou pelo processo licitatório na Prefeitura. Também está sendo visto a colocação de duas cabeceiras, anuncia.
Outro fato que envolve o aeroporto municipal é a falta de habilitação por parte do operador de estação meteorológica, que não conseguiu ser aprovado na prova de capacitação exigida para a renovação da licença de habilitação. Ficamos fora do ar durante 10 dias por falta desse profissional, confirma Solmir.
O agente está fazendo um curso de capacitação. Realmente, ele não conseguiu ser aprovado, mas isso pode acontecer com qualquer um, justifica Brustolin.
Para suprir essa falha o aeroporto conta com a prestação de serviços de quatro profissionais do aeroporto de Chapecó (Santa Catarina) contratados como free-lance.
Para qualquer operação aeroportuária se faz necessário esse contato via rádio. É uma questão de segurança, observa Solmir.
O Tancredo Tomaz de Faria possui pouca movimentação. Segundo Brustolin, apenas duas aeronaves operam diariamente. Uma de voos comerciais e outra dos Correios.
Segundo Brustolin, o aeroporto local não corre nenhum risco de ser interditado. Em outubro do ano passado sofremos uma fiscalização do Sindacta, e os problemas básicos foram resolvidos.
Faltavam algumas publi-caçõezinhas e acesso à internet, exigido para que seja feito plano de voo e encaminhado ao Sindacta, procedimento que tem que ser feito antes de qualquer decolagem.
O administrador do aeroporto contesta a informação de que um carro do Corpo de Bombeiros está sendo utilizado inadequadamente no aeroporto. O carro só sai daqui para revisão, para lavagem e é utilizado por profissional. Agora estamos pedindo cursos de capacitação junto ao comando do Corpo de Bombeiros, afirmou Brustolin.
Cotidiano
Cerca caindo, falta de operador de rádio são problemas no aeroporto
- Por Cristina Esteche
- 27/07/2009