Cerca de 1/3 dos pacientes com câncer precisa de radioterapia, diz oncologista

Da Redação

Guarapuava – Uma média estimada em 300 pacientes de câncer necessita de tratamento com radioterapia. Esta é a demanda do Hospital São Vicente de Paulo, em Guarapuava, segundo o diretor técnico, o oncologista Leonardo Dequech Gaverret. “Cerca de 1/3 dos pacientes de câncer precisa desse tipo de tratamento”. O número de pacientes que passam pelas sessões de radioterapia, entretanto, equivale a 50% dessa demanda. De acordo com o oncologista, a maioria dos pacientes prefere ficar sem o tratamento. A distância de casa e as despesas financeiras são os principais entraves para o necessário tratamento. Muitos preferem extirpar o órgão afetado em vez de passar pelas sessões que podem chegar a 35.

“Como as sessões são diárias e o hospital mais próximo que oferece esse tratamento é em Ponta Grossa, os pacientes se privam”. Segundo Leonardo Gaverret, o implantação do Centro Oncológico, incluindo a radioterapia, é um benefício para Guarapuava e Região, onde a predominância é de pacientes com câncer de mama (mulheres) e de próstata (homens).

A radioterapia é um dos pilares do tratamento oncológico, ao lado da cirurgia e da quimioterapia. A diferença é que as sessões de quimioterapia são aplicações da droga pela via oral ou endovenosa (veia), enquanto a radioterapia o paciente é colocado na máquina e recebe a radiação que é letal para todas as células cancerígenas. Segundo o oncologista, esse tratamento poder ser realizado em pacientes em estágio inicial.

A  máquina que será implantada em Guarapuava abrangerá um universo de 500 mil pessoas, distribuídas em 30 municípios da região Centro-Sul. Nesta terça (25), técnicos do Ministério da Saúde estão na cidade, vistoriando a área de 20 mil metros quadrados, na Cidade dos Lagos. Desse total, 12 mil metros quadrados serão destinados para a construção do Centro Oncológico – Unidade 2 do Hospital São Vicente – e em outros dois mil metros quadrados, a área física para a radioterapia. As obras serão iniciadas em fevereiro de 2018 e estarão concluídas em dois anos. O investimento é de R$ 100 milhões.